TESTEMUNHAS DO ALÉM

Blog Espírita

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ANTÍDOTO PARA A DEPRESSÃO

ANTÍDOTO PARA A DEPRESSÃO Organizador desta compilação: Rubens Santini – abril/2004
I – Depressão infantil............................................3
II – Exercite-se para sair da depressão ...........................5
III – Depressão na adolescência.....................................6
IV – Dicas para combater o stress..................................8
V - As mulheres são as maiores vítimas............................8
VI– A depressão pode ser vencida..................................9
VII – Você está deprimido? ........................................10
VIII – Causas da depressão..........................................10
IX– Ajude a si mesmo.............................................12
X – Para ter uma boa noite de sono...............................13
XI – Um conselho de Chico Xavier .................................13
XII – Terapia para a depressão.....................................14
XIII – Modifique seus hábitos.......................................14
XIV - O processo obsessivo na depressão............................15
XV – Antídoto para a depressão....................................16
XVI – A opinião de um neuropsiquiatra Espírita ....................17
XVII – Comportamento depressivo.....................................18
XVIII– Atendimento Fraterno.........................................19
XIX – As duas tristezas............................................21
XX– Fontes bibliográficas utilizadas como pesquisa...............22

ANTÍDOTO PARA A DEPRESSÃ
Em nossa vida podemos, de tempos em tempos, passar por algum periodo de “baixo-astral”. Seja na morte de um ente querido, ou no rompimento de uma relação afetiva, por exem-plo. Podemos ficar tristes, irritados, ansiosos, comer a todo instante, chorar ou dormir mal. Este processo pode durar alguns dias e depois voltamos a viver normalmente.
Mas, este tipo de “baixo-astral” não é o que os médicos chamam de depressão.
Na verdade, depressão é uma doença mais grave, cujos sintomas se apresentam mais intensos e duradouros, afetando tanto o corpo físico quanto a mente.
Ela pode se manifestar a qualquer instante, e sem razões aparentes que possam justificá-la, não necessitando, por exemplo, estar de luto ou haver um rompimento de uma rela-ção.
A doença depressiva pode estar presente em diversos momentos da vida, podendo até ser ignorada e não ser diagnosticada.2
É possível identificá-la em fases da vida muito preco-ces, como na infância, no periodo escolar ou na adolescên-cia. E muitas vezes não é dada a devida atenção, podendo correr o risco de se tornar crônica ou podendo se arrastar penosamente por muitos anos, afetando gravemente a qualidade de vida da pessoa.
Na depressão, muitas vezes, o que pode adoecer é o comportamento do individuo. Por consequência, seus relacio-namentos são afetados, suas atividades profissionais,... Seria como essa pessoa deixasse de existir e uma outra estivesse em seu lugar, mais triste, mais calada, sem alegria em viver.
A depressão é uma doença que pode ser tratada com sucesso! O tratamento deve ser holístico, envolvendo a medicina, a psicoterapia, o apoio espiritual e a cumplici-dade dos familiares com a sua solidariedade, paciência e muito amor!
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I – Depressão infantil
Crianças tem depressão, e a incidência está aumentando a cada dia!
Uma criança desatenta na escola, apática ou mesma hiper-ativa, merece ser observada.
O maior problema é que os sintomas da depressão se com-fundem facilmente com os comportamentos típicos nesta fase da vida.
O sintoma que deve chamar a atenção para a suspeita de depressão infantil é a mudança de atitude da criança.
Atividades lhe davam prazer, passar a ser tratadas com desinteresse. Há alterações no apetite, retraimento social, irritabilidade, agressividade, ...
Nas crianças mais novas, devido a falta de habilidade para uma verbalização que demonstre seu real estado emocio-nal, a depressão pode se manifestar através da hiper-ativi-dade.
Além das dificuldades da doença, o seu tratamento esbar-ra num problema bastante comum: o preconceito. Muitos pais relutam em aceitar o fato de que o filho precisa ser encami-nhado a um psiquiatra. Além de não admitir que o filho possa estar com depressão, levá-lo a um psiquiatra, ou um psicote-rapeuta, seria taxá-lo como doente mental. É fundamental que os pais aceitem este diagnóstico, pois o tratamento é uma forma de prevenir quadros piores. Nos últimos anos, a inci-dência de suicídios entre adolescentes praticamente tripli-cou. A maioria deles devido a depressão não tratada.
Uma das principais causas, que podem contribuir, para o aumento desta doença entre crianças e adolescentes, é a liberdade sem limites dados numa fase em que ainda eles não possuem estrutura para organizar o que é bom ou não para si. A liberdade desassistida pode levar, também, a depressão.
Um outro ponto que os pais tem que avaliar, é o de atribuir âs crianças responsabilidades de adulto, com sobrecarga de atividades extra-curriculares, com uma agenda de fazer inveja a qualquer executivo. Criança também precisa de tempo para o lazer e as brincadeiras.
Abaixo, estão relacionados alguns sinais e sintomas su-gestivos de depressão infantil. Se a criança tiver um número suficientemente importante dos itens, fique atento e procure ajuda especializada (neuropsiquiatra, psicoterapeuta,...):
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(1) Queda no rendimento escolar;
(2) Recusa em ir à escola;
(3) Falta de concentração;
(4) Condutas anti-sociais e destrutivas;
(5) Ansiedade, irritabilidade, agressividade;
(6) Negativismo, pessimismo;
(7) Sentimento de rejeição;
(8) Falta de interesse por atividade que lhe dava prazer;
(9) Perda ou aumento de peso;
(10) Mudanças de humor significativas;
(11) Queixas somáticas (cefaléias,gastrite,diarréias,...);
(12) Distúrbios do sono (insônia ou dormir demais).
Entretanto, é muito importante determinar se esses sintomas estão, de fato, relacionados com um quadro depressivo, ou se são parte de alterações emocionais da própria idade. Somente um médico poderá fazer o diagnóstico com precisão!
A revista “Pais & Teens”, editada pelo IPA (Instituto Paulista da Adolescência) – maio/junho/julho de 1998, relatou uma experiência bastante interessante, num trabalho de recuperação de crianças depressivas:
“No inicio de 1998, a psiquiatra Eliana Curatolo, coordenou uma pesquisa que envolveu 579 crianças de 7 a 12 anos, alunos da 1ª à 4ª séries de duas escolas de Mairiporã(SP) e Franco da Rocha(SP). Um questionário aplicado aos alunos revelou que 122 deles (21%) sofriam de sintomas depressivos. Muitos destes alunos eram indisciplinados, tinham baixo rendimento e eram punidos ou colocados em classes especiais. Segundo a psiquiatra, pais, professores e as próprias crian-ças não entendiam as razões do seu comportamento e não sabiam que se tratava de depressão. Tratadas, as crianças melhoraram de comportamento e de rendimento intelectual. O interessante é que todas as crianças deprimidas, tratadas por Eliana com terapia em grupo, melhoraram sem nenhuma medicação.
O psiquiatra Haim Grunspum também acredita que a psicotera-pia seja mais eficaz na depressão do adolescente e infantil do que a medicação antidepressiva. “Podemos tentar ajudar com a medicação, mas não é o que mais funciona. A psicotera-pia é imprescindível. Se não fizer a terapia, não vai resol-ver a depressão”, diz Grunspum.”
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II – Exercite-se para sair da depressão
A nota abaixo foi extraída da revista “Tudo” (Ed Abril) de 10/08/2001:
“Os exercícios físicos são um santo remédio também para a mente.
Pesquisadores da Universidade de Berlim, na Alemanha, comprovaram que cerca de meia hora de atividade física por dia já é suficiente para melhorar os sintomas da depressão.
Durante dez dias, médicos alemães submeteram pacientes deprimidos a sessões diárias de meia hora de caminhada na esteira.
A melhora foi significativa e alguns doentes dispensaram até o uso de antidepressivos.
Os exercícios liberam hormônios no cérebro, que aumentam a sensação de bem-estar e melhoram o humor.”
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III – Depressão na adolescência
Como saber se o jovem está deprimido ou com uma tristeza passageira? Pode ser uma oscilação de humor típico desta faixa etária?
Para ser caracterizado um transtorno depressivo, os sin-tomas tem que ter uma duração mínima de duas semanas.
É normal o adolescente ficar de “baixo-astral” por um tempo, devido a uma separação dos pais, briga com a(o) namo-rada(o). Este tipo de tristeza é uma resposta normal que se atenua com o passar do tempo. Já o transtorno depressivo demora para passar e podem não ter causas muito claras.
É necessário ficar atento para reconhecer os principais sinais da depressão nos adolescentes:
(1) passam a isolar-se com frequência;
(2) sentem-se desanimados e sem energia;
(3) perdem interesse por atividade que lhe dava prazer;
(4) cai o rendimento escolar;
(5) irritabilidade, mau humor;
(6) baixa auto-estima;
(7) cansam-se facilmente.
A seguir, transcrevemos o editoral da revista “Pais & Teens”, que foi editada pelo Instituto Paulista da Adoles-cência (número 8 – maio/junho/julho de 1998), escrita pelo seu diretor, Dr. Eugênio Chipkevitch, que nos exemplifica o que foi descrito acima:
“Entre milhares de jovens que já tive o privilégio de atender como médico e terapeuta de adolescentes, não me esqueço de uma moça de uns 15 anos que me procurou com queixas de mal-estar, dores pelo corpo, cansaço fácil e outros sintomas físicos que a fizeram percorrer, até então, pelo menos uma dezena de consultórios médicos. A garota de olhar triste e postura tensa, me trazia uma pilha de exames, raio X, receitas e ... história de uma vida difícil, em meio a conflitos familiares, desafetos, fracasso escolar. O que de mais grave poderia ter ela do que uma auto-estima deplo-rável, uma decepção profunda com o ninho doméstico em que foi gerada, uma descrença no futuro que se julgava incapaz de construir? Vítima de uma crônica e severa depressão, obviamente não haveria de encontrar respostas em hemogramas
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que buscavam entender seu cansaço, ou glicemias que preten-diam explicar seus desmaios, ou radiografias que não tinham como perscrutar a origem da tensão que empedermia as suas costas. A garota não só não tinha sido ouvida em toda a sua peregrinação pelo pervertido sistema de saúde, como não en-contrava eco de compreensão dentro da própria casa. Tinha que adoecer para ser atendida, tinha de crispar-se em terrí-veis dores de cabeça para poder chorar. Pedi-lhe a autoriza-ção para falar à mãe sobre sua depressão, sobre como somati-zava seu sofrimento, sobre os seus planos de suicídio, sobre a sua necessidade de ajuda. Concordou, com um esboço de es-perança de que eu fosse capaz de traduzir para a sua mãe a difícil linguagem das suas dores.
Uma senhora elegante e perfumada entrou para ouvir as conclusões da minha consulta.
“Depressão? Não são coisas da idade doutor? Ela tem de tudo, só tem a obrigação de estudar. Depressão a troco de que? Só se for hormônios, sei lá. Ela ainda não fez nenhuma dosagem de hormônios...”
“Suicídio?” – Senti uma breve hesitação na voz da senho-ra petrificada em auto-defesa contra as culpas que a ameaça-vam emergir. Mas logo se recompôs, e o que eu ouvi não esqueço:
“Quem jã não pensou nisso doutor? Eles pensam muita bo-bagem. Já fui adolescente, sei como é. Tudo isso passa.”
Elas foram embora, a garota nunca mais voltou ao meu consultório, mas acredito que tenha continuado a frequentar outros em busca de exames e remédios.
Nesta época de maravilhosas descobertas, em bactérias passam a explicar úlceras, neurotransmissores traduzem emo-ções complexas e os psiquiatras afirmam que a depressão do adolescente não tem prevenção porque é doença genética, volto a me lembrar desta consulta e da triste garota que espero não tenha engrossado as estatísticas nacionais de suicídio entre adolescentes, que continuam em ascensão.”
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IV – Dicas para combater o stress
(1) Ande de bicicleta;
(2) Faça caminhadas;
(3) Tenha contato com a natureza;
(4) Procure dormir 8 horas por dia;
(5) Alimente-se bem;
(6) Ingira, pelo menos, 2 litros de água por dia;
(7) Evite levar problemas do trabalho para casa.
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V – As mulheres são a maiores vítimas
Em uma declaração dada à revista “Veja” (Ed. Abril) de 31/03/99, na matéria “Doença da alma”, o psiquiatra america-no Peter Whybrow, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, definiu uma imagem para descrever a depressão:
“Para se ter uma idéia do que é uma depressão severa, tente entender o desconforto de várias noites sem dormir, misturada à dor causada pela perda de um parente querido. Depois imagine a sensação de que esse torpor nunca mais vai acabar. Isto é crise depressiva.”
Depressão é uma dor que fica, mesmo quando o problema vai embora.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, ela se tornou o mal mais comum entre as mulheres, superando o câncer de mama e as doenças cardíacas.
As mulheres são duas vezes mais propensas a terem o diagnóstico da depressão do que os homens. Há inúmeros moti-vos para isto, entre eles podemos destacar:
(1) As mulheres admitem mais seus sentimentos do que os homens. Como elas vão mais frequentemente, que os homens, aos consultórios médicos, havendo assim mais oportunidades para diagnosticar esta doença.
(2) As mulheres tem um nível maior dos hormônios estrò-geno e progesterona, que mudam seus níveis durante o ciclo menstrual, na gravidez, no parto e na menopau-as.
(3) A pílula anticoncepcional, que contém hormônios se-xuais, pode também ser uma causa da depressão.
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As mulheres são muito mais abertas para aceitar e reve-lar que sofrem de depressão. O homem acha que é um sinal de fraqueza admitir que está com este mal.
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VI – A depressão pode ser vencida
(1) A cantora e popstar Alanis Morissette, por dedicar excessivamente à sua carreira, desencadeou a doença. Ela se tratou exercitando a yoga, praticando esportes e teve uma mudança radical na forma como levava a vida. Uma das atitudes que considerou mais importante para a sua melhora, foi reatar antigas amizades.
(2) Marina Lima, cantora brasileira, teve há alguns anos atrás um problema nas cordas vocais. Sentiu que estava “perdendo a voz”. Descobriu após um certo tempo, que era uma somatização de uma depressão que vinha sofrendo. Tomou antidepressivos e fez terapia. Após alguns meses, sua voz voltou ao normal.
(3) A engenheira Andrea T. (28 anos) entrou em depressão porque achava que era perseguida por uma antiga chefe. Vivia de mau humor, não tinha apetite e não saia de casa. Após alguns meses de crise, submeteu-se à terapia cognitiva (focada nos pensamentos negativos que rodam o depressivo). Aprendeu a dominar a raiva e a entender que os pensamentos negativos podem ser controlados.
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VII – Você está deprimido?
Alguns médicos relacionam nove principais sintomas para identificar a depressão. Quem apresentar pelo menos quatro deles, durante mais de duas semanas consecutivas, deve procurar ajuda especializada:
(1) Perda de interesse por atividades que lhe davam prazer;
(2) Dificuldade para se concentrar;
(3) Sensação de cansaço;
(4) Auto-estima reduzida;
(5) Alteração de apetite;
(6) Sentimento de culpa;
(7) Falta de perspectiva do futuro;
(8) Perturbação do sono (insônia ou dormir em excesso);
(9) Idéia recorrente de suicídio e morte.
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VIII – Causas da depressão
Todos nós temos nossas forças e fraquezas. Algumas pessoas têm maior risco de terem depressão do que outras. Veja abaixo alguns itens que foram apontados como fatores provocadores desta doença:
(1) Herança genética – há muitos gens envolvidos e a medicina ainda sabe muito pouco a respeito, para afirmar com plena convicção, que a herança genética pode levar à depressão. Não iremos desenvolver este mal só porque nosso pai, mãe ou irmão são deprimidos. Mas, segundo a medicina, o nosso risco aumenta, principalmente se tivermos um gêmeo idêntico com depressão.
(2) Stress – o stress pode levar à depressão quando existir por muito tempo.
(3) Tipo de personalidade – pessoas obsessivas, dogmáticas, rígidas e que escondem seus sentimentos tem um risco maior, assim como aquelas que ficam facilmente ansiosas.
(4) Modo de pensar – pessoas que são muito negativas em relação a si próprias tem uma tendência maior de sofrer de depressão.
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(5) Educação na infância e adolescência – pais exigentes e que não toleram o fracasso, podem deixar os seus filhos ansiosos e propensos à depressão.
(6) Ser mulher – as mulheres são mais propensas a terem o diagnóstico de depressão do que os homens. Há mudanças hormonais no ciclo menstrual, na gravidez, no parto e menopausa. Além das pressões sociais que sofrem e da dupla jornada de trabalho (dentro e fora de casa).
(7) Medicamentos – alguns medicamentos podem causar a depressão, mas nem por isso você deve interromper o seu tratamento sem antes consultar o seu médico. Interromper a sua ingestão pode ser mais perigoso do que a própria depressão. Eis os tipos medicamentos: comprimidos anti-epilépticos, medicamentos contra-pressão alta, contra o mal de Parkison, os principais tranquilizantes, terapia com esteróides (para asma, artrite,...), diuréticos,...
(8) Falta de luz solar – a maioria das pessoas se sentem melhor no verão do que no inverno. Há individuos que começam a ficar deprimidos quando se inicia o inverno. Elas sofrem de Transtorno Afetivo Sazonal, devido aos níveis de um hormônio chamado melatonina.
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IX – Ajude a si mesmo
Quando a depressão é leve, podemos nos beneficiar de algumas medidas muito simples de auto-ajuda. Mas, quando a sua condição é mais grave, estas medidas devem fazer parte de um plano a ser discutido com seu médico ou terapeuta. Estas medidas não só auxiliam a afugentar a depressão, como também a tratá-la e a apoiar a sua recuperação:
(1) Cante – mesmo não possuindo voz afinada, cante com a voz que Deus lhe deu. Dê preferência cante melodias alegres.
(2) Mexa-se – se ficamos parados, entregues, alimentando pensamentos negativos, será o mesmo que conservar lixo dentro de casa. A atividade física desvia a mente desses pensamentos, operando renovação no campo mental, desli-gando-nos da sintonia com os Espíritos infelizes. Ande, nade, pedale, ... Mas, se você está muito tempo sem fazer exercícios, seja cauteloso e comece devagar!
(3) Não fique sozinho – saia de casa, encontre os amigos, vá ao cinema. Procure um Centro Espírita, ou um templo religioso, para receber esclarecimentos ou para desaba-far.
(4) Ore – orando, estabelecemos sintonia com os Espíritos bons, que nos protegem e nos cercam de cuidados, nos dando sugestões e revigorando as nossas energias.
(5) Leia – faça leitura edificantes e consoladoras. Busque nos livros espíritas, principalmente nas obras de Allan Kardec e nas psicografias de Chico Xavier, as páginas de alento e consolo, encontrando a força e o otimismo.
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X – Para ter uma boa noite de sono
Os problemas de sono são muito comuns e as pessoas de-primidas tem uma predisposição para a insônia. Além disso, a falta de sono torna mais difícil a concentração e nos deixa sem energia para lutar contra esta doença.
Abaixo estão listadas algumas dicas muito úteis para que possamos ter uma boa noite de sono:
(1) Inicialmente, procure acordar mais cedo neste dia.
(2) Faça algum tipo de exercício durante o dia.
(3) Não tire cochilos durante o dia.
(4) Não faça refeições pesadas à noite, nem beba café, chá mate ou preto, ou bebida alcóolica.
(5) Beba um copo de leite morno 15 minutos antes de ir para a cama.
(6) Não faça exercícios antes de ir para a cama.
(7) Esqueça seus problemas lendo um livro antes de dormir.
(8) Vá para a cama na hora certa, para que seu corpo desenvolva um ritmo natural.
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XI – Um conselho de Chico Xavier
Extraímos do livro: “Kardec prossegue”, de Adelino da Silveira, Ed. Cultura Espírita União, duas questões feitas à Chico Xavier:
“O que é depressão?”
Chico: “É a tristeza indevida que se transfigurou em desâni-mo, obscurecendo na criatura o valor do trabalho. Chegando ao clímax desse desencanto incompreensível diante da vida, muitas vezes, a vítima desse semelhante infortúnio, cai no desequilibrio das forças mentais, candidatando-se à matrí-cula num sanatório ou, mesmo, descendo os degraus do abismo invisível no qual se entrega facilmente às garras da morte prematura.
“Como evitá-la?”
Chico: “Trabalhando incessantemente para o bem geral, sem qualquer expectativa de compensação material ou espiritual, de vez que, quem auxilia a outros está, particularmente auxiliando a si próprio.”
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XII – Terapia para a depressão
A depressão é um estado mental caracterizado por sensações extremas de abatimento, tristeza e um imenso vazio.
Entre suas causas, podemos destacar a baixa auto-estima, stress, falta de sol (principalmente no inverno), deficiên-cias nutricionais, uma reação negativa diante de aconteci-mentos da vida (desemprego, perdas afetivas, ...).
A terapia, ou a psicoterapia, é uma ferramenta útil e eficaz no combate à depressão, principalmente quando a pes-soa se dispõe a realizar, paralelamente, outras atividades práticas que o auxiliem na sua cura, além do tratamento espiritual que é muito importante.
Mesmo que o individuo opte por realizar um tratamento psiquiátrico, com medicamentos antidepressivos, ainda assim a terapia é aconselhada, pois a medicação por si só não fará o efeito por muito tempo, se a pessoa não estiver preocupada em modificar antigos padrões mentais.
Neste caso, a terapia será útil para identificar as cau-sas mais profundas da depressão, como medos fobias, insegu-ranças, baixa auto-estima, egoísmo, ...
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XIII – Modifique seus hábitos
(1) Pare de fumar – o cigarro prejudica nosso organismo, enfraquecendo o sistema imunológico, deixando mais propenso às doenças.
(2) Evite cafeína e açúcar – testes comprovaram que teremos uma melhora extraordinária no nosso estado de espírito após eliminar o consumo de doces e cafeína.
(3) Faça alimentação mais saudável – coma mais peixes, legu-mes e frutas. A proteína do peixe ajuda a aumentar a nossa vitalidade.
(4) Exercite-se – Passeie mais, caminhe todo dia, principal-mente em locais arborizados. Aceite convite para sair com os amigos.
(5) Faça um trabalho voluntário – Doar-se é um bom remédio para descobrir o valor da vida.
(6) Tenha um animal de estimação – Ele será o seu grande amigo. O contato com os animais nos traz tranquilidade e tem um maravilhoso poder terapêutico.
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XIV - O processo obsessivo na depressão
A depressão pode ser causada por um processo obsessivo. Mas, essa obsessão pode ser fator secundário nesta depres-são, se ela for biológica.
O obsessor pode apenas estar se aproveitando de uma fra-queza do individuo, devido a sua doença, para atuar malevo-lamente.
Geralmente, o obsessor se aproxima das pessoas nas se-guintes condições:
(1) Débito de um Espírito para com outro, originado nesta ou em outra vida. Neste caso, o obsessor se aproxima por motivo de vingança.
(2) O mal uso da mediunidade também atrai maus Espíri-tos.
(3) Pela falta de ação do bem. Os Mentores Espirituais nos recomendam que devemos sempre fazer o bem, e que responderemos por todo mal que fizermos. Mas, muitas obsessões ocorrem por causa da nossa omissão, ou seja, podíamos ter feito o bem, tivemos as oportuni-dades para isso, mas deixamos de fazê-los.
No caso da depressão pela obsessão, como poderemos melhorá-la?
(1) O ser encarnado não pode se abater. É preciso paciência e procurar se renovar moralmente.
(2) Por consequência, o desencarnado irá desanimar por não obter os efeitos desejados, e irá se afastar. Ou, recebendo os esclarecimentos necessários, dentro de um trabalho de desobsessão, e pelas vibrações que poderá receber, poderá ser encaminhado para uma co-lônia espiritual e continuar o seu desenvolvimento.
(3) Pela ação de terceiros, poderá receber energias fluídicas (passes), vibrações, esclarecimentos, além da ajuda da psicoterapia e dos medicamentos.
É claro que a forma e o tempo de tratamento irá variar de acordo com a intensidade da doença. Se é de carater obsessivo, o tratamento é a desobsessão. Se é de carater biológico, o tratamento espiritual será auxiliado por medi-camentos (antidepressivos) e das sessões de psicoterapia.
É preciso utilizar todos os recursos disponíveis para a cura: medicamentos, passes, desobsessão, ...
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Para evitar depressão é necessário trabalhar, vigiar e orar, desfazer-se de possíveis culpas.
Viemos à Terra para crescermos espiritualmente, traba-lhar em favor do próximo. Ficar à toa, deprime! Não ceda jamais à tristeza e ao desânimo!
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XV – Antídoto para a depressão
O antídoto para a depressão, mais do que os antidepres-sivos ou o tratamento terapêutico, é a ocupação.
Seja a atividade profissional, o lazer, o trabalho de amor ao próximo.
Quem se achar em sofrimento, procure ser útil.
Quem vive gastando o tempo reclamando da vida, da má sorte, experimente aplicar as horas tristes em alguma ativi-dade.
Podemos começar pelas pequenas tarefas dentro de casa, arrumando o jardim, reparando objetos quebrados, ...
O trabalho é um recurso muito valioso para fazer o tempo passar de maneira mais digna e saudável.
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XVI – A opinião de um neuropsiquiatra Espírita
Dr. Franklin Antônio Ribeiro, médico, neuropsiquiatra e psicoterapeuta, dirigente do Grupo Espírita Hosana Krikon, deu entrevista à “Revista Cristã de Espiritismo”, nº 24 (Ed.Escala), onde destacamos os trechos abaixo:
“Como a depressão é analisada no ponto de vista médico, humanista e espiritual?”
Dr. Franklin: “A depressão tem várias faces. Do ponto de vista humanístico, o amor, desde a infância, é fator primor-dial e começa dentro da família. Se há relação sincera entre os parceiros, a criança vai crescer dentro de um lar estru-turado, mesmo com todas as dificuldades naturais de uma re-lação humana. O individuo aprende desde cedo a lidar com a insatisfação, com as crises, com o respeito, a amizade, des-prendimento e outros aspectos importantes nos relacionamen-tos. Muitas vezes a pessoa está com a auto-estima baixa, sem auto-confiança, desanimada, desinteressada, sem prazer na vida e sente que alguém se interessa por ela, sua imunidade melhora muito. O ser humano precisa se sentir reconhecido. Sem isso, começa a sentir uma sensação de vazio e angústia.
(...) Do ponto de vista médico, a depressão é uma falta de neurotransmissores no cérebro, que necessita de medica-mentos, ou seja, de um controle químico.
Pelo ângulo espiritual, a culpa, o remorso, a mágoa e o ressentimento levam a pessoa a estados depressivos, podento causar o desenvolvimento de doenças psicossomáticas e até mesmo o câncer. Portanto, o amor e o perdão que a Doutrina Espírita tanto nos ensina são sentimentos também preventi-vos.”
“O que fazer diante dos sintomas de uma depressão?”
Dr Franklin: “Primeiro procurar um médico psiquiatra para que não sejam tomados remédios ministrados de forma errada. Cada paciente necessita de um antidepressivo específico. Se além do remédio, da terapia, dos cuidados com o sono, com a alimentação e das relações, o deprimido fizer um tratamento espiritual com passes magnéticos e água fluidificada e lei-tura do Evangelho, tanto melhor. O tratamento completo en-globa o biológico, psicológico, social e espiritual.”
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XVII – Comportamento depressivo
A depressão, às vezes, pode aparecer mascarada por fatores, tais como: agitação, confusão mental, humor com altos e baixo, esquecimento, ... Listamos a seguir, alguns outros sintomas mais comuns:
(1) Perda da libido: há a perda do interesse pelo trabalho, pelo(a) conjuge (inclusive do interesse sexual), pela familia, pelos amigos, pelas diversões, chegando às vezes a se descuidar de si próprio, das roupas e da higiene pessoal.
(2) Alterações dos hábitos: passam a comer mais(outras vezes a comer menos), alteram seus horários de alimentação e sono. É uma forma de fugir dos problemas.
(3) Baixa auto-estima: não acredita nos seus potenciais, idéias pessimistas em relação às situações e a sua vida. Pode inclusive pensar em suicídio.
(4) Sintomas psicossomáticos: pode desenvolver sintomas físicos, como por exemplo: pressão alta, enxaquecas, gastrites, dores lombares e cervicais,... Estas somati-zações desaparecem após o tratamento.
Os sintomas trazem uma mensagem que precisa ser deci-frada. Se não decifrarmos o sentido inconsciente da depres-são, este quadro voltará em outra situação que tenha o mesmo sentido.
Sairemos desse quadro com rapidez, se junto ao tratamen-to médico, da psicoterapia, se submetermos também ao trata-mento espiritual com passes magnéticos (fluidoterapia), cro-moterapia e evangelização.
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XVIII – Atendimento fraterno
Logo a seguir, está uma parte de um artigo (“Depressão”) escrito para a internet, pelo Dr. Jairo Avelar, psicólogo clínico, presidente do Conselho Regional Espírita (Belo Horizonte-MG) no site www.sosdepressao.com.br :
“(...) As Casas Espíritas, muito em especial aos amigos que militam nas atividades do Atendimento Fraterno há de se ter muita atenção e dedicação apontado ao seio Espírita sob o acicate da Depressão. (...)
Assim teremos sempre muito a oferecer, e num trabalho consciente NÂO DEVEREMOS:
(1) Em hipótese alguma interferir sobre a medicação prescri-ta para o assistido, dado a sua importância em qualquer caso. Há de se ter a consciência que os Farmácos indica-dos, as doses prescritas, os exames solicitados, e as marcações para o retorno clínico, todos estes detalhes fazem parte do tratamento do profissional médico que conduz o caso. Este profissional é preparado e apto para lidar com tais questões e esta condução cabe a ele e somente a ele decidir sobre quaisquer alterações de curso.
(2) Os Espíritos Superiores não interferem sobre o tratamen-to efetuados pela Medicina, e nem ocupam tal lugar em receituário, atuam tão somente em seu aspecto espiritual revigorando as energias do assistido e abrindo as pers-pectivas de cura.
(3) Interferir sobre o trabalho do Psicoterapeuta naquilo que seja orientado em sua terapia, já que este profis-sional da Psicologia, possui também um plano de trabalho com o paciente, e que junto da referência Médica formam um núcleo de apoio Multiciplinar em função do assistido.
(4) Estabelecer cobranças e exigências aos modelos comporta-mentais do irmão depressivo, é sempre impossível pular a própria sombra, deveremos procurar dar sempre preferên-cia a atendimentos mais rápidos e objetivos, privile-giando o mais possível o processo de escuta.
(5) Evitar situar estes companheiros nas reuniões mediúni-cas, seja de Educação e ou de outra forma qualquer, e muito em especial nas reuniões de carater de desobses-são, seja como trabalhador, assistido ou assistente.
ANTÍDOTO PARA A DEPRESSÃO 20
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Entretanto nós DEVEREMOS:
(1) Dar-lhe suporte através de nossas reuniões, onde haja a prática de Irradiação, considerando que estes processos podem ter como pano de fundo uma obsessão.
(2) Fluidoterapia contínua.
(3) Hidroterapia contínua.
(4) Localizá-los nas reuniões de estudos Evangélicos, onde a mensagem consoladora seja sempre a tônica dos trabalhos realizados.
(5) Orientar a familia quanto as intercorrencias de carater espirituais, bem como sobre o quadro depressivo em si, sempre priorizando o sentido consolador da Doutrina.
(6) Não esquecermos de agirmos sempre pacientemente já que conforme nos assevera Philomeno de Miranda: “A terapêu-tica embora seja a mesma, seus resultados variam segundo os pacientes, suas fichas cármicas e os esforços que empreendem para destrincarem as tramas em que se envol-vereram.”
(7) Entendermos por fim, que a Assistência Espiritual, dada pela Casa Espírita é parte integrante da Multiciplinari-dade canalizada em função do enfermo, e como tal, a questão é de soma de esforços, e os resultados competem tão somente a Jesus.”
o-o-o-o-o-o-o
ANTÍDOTO PARA A DEPRESSÃO 21
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XIX – As duas tristezas
Tristeza é um sentimento que todos tem e faz parte da vida.
Um ente querido que partiu para o Plano Espiritual, um casamento desfeito, problemas familiares,... São situações que deixam qualquer um de “baixo-astral”. Mas, quem não vivencia a tristeza de uma forma adequada, acaba entrando em depressão.
Emmanuel, através de Chico Xavier, no livro “Coragem”, nos diz, muito sabiamente, o seguinte:
“Há, sim, a tristeza construtiva – aquela que nos impul-siona para a vida superior – encaminhando-nos para o traba-lho de melhoria íntima, perante a sede de ascensão espiri-tual.
Existe porém, a outra – tristeza destrutiva – que se traja de luto, por dentro do coração, todos os dias, espa-lhando desânimo e pessismismo onde passa.
Observa a ti mesmo, a fim de que te imunizes contra se-melhante doença da alma. (...)
Nós que sabemos rogar a Deus proteção e benção, apren-damos igualmente a pedir à Divina Providência nos conceda a precisa coragem para silenciar desapontamentos e lágrimas de maneira a doar paz e alegria, segurança e consolo aos ou-tros, tanto quanto esperamos estes benefícios dos outros em auxílio a nós.”
“QUE A PAZ DE JESUS ABENÇOEM TODOS NÓS”
o-o-o-o-o-o-o
ANTÍDOTO PARA A DEPRESSÃO 22
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XX – Fontes bibliográficas utilizadas como pesquisa
(1) Na internet, o site: www.sosdepressao.com.br
(2) “Não é questão de boa vontade – Convivendo com a Depressão” – Giorgio Maria Bressa e Johann Rossi Mason – Ed. Itália Nova.
(3) “Guia da Saúde Familiar - Depressão” – The British Medical Association – Publicação da Revista ISTO É – com a supervisão do Hospital Albert Einstein.
(4) Folha Equilíbrio – jornal Folha de São Paulo
(5) Revista “Pais & Teens” – Publicação do Instituto Paulista de Adolescência.
(6) “Revista Espírita Allan Kardec” – publicação da Editora Paulo de Tarso – Centro Espírita Francisca de Lima – Goiânia – GO.
(7) “Tormentos da Obsessão” – Manoel Philomeno de Miranda através de Divaldo Franco.
(8) “Revista Cristã de Espiritismo” – Ed. Escala.
(9) Revista Semanal Informativa “Tudo” – Ed. Abril.
(10) Revista Mensal “Vida Simples” – Ed. Abril.
(11) Revista Semanal “Veja” – Ed. Abril.
Organizador desta compilação: Rubens Santini (rubsanti@uol.com.br)
A cópia é permitida, desde que sejam citadas as fontes bibliográficas. São Paulo, abril de 2004.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Os Cientistas e Espiritismo








Se os fenômenos espiritistas se limitassem ao círculo de seus seguidores, a opinião geral poderia ver neles simples artigos de fé, sem maiores consequências de interesse geral.

Mas na verdade é que esses fenômenos se multiplicaram, numa sucessão sempre audaz e desafiadora.

O expediente de proibições e excomunhões se tornaria ineficaz, desacreditado e ingênuo diante da avalanche de fenômenos variados: vozes misteriosas, contato de mãos invisíveis, materializações de espíritos, escritas diretas, aparições de espíritos familiares, revelações de uma vida superior e mais bela,atestando a inquestionável sobrevivência da alma.

Era natural que, em face do volume de tantos fatos, a sociedade requisitasse o exame consciencioso de seus sábios e cientistas.

Então os cientistas, acossados por todos os lados, descruzaram os braços e se puseram a campo para uma investigação rigorosa e fria.

A ciência, representada por um grupo de personalidades sérias e refratárias a imposições religiosas, foi chamada a depor.

E depôs de tal forma, que o Espiritismo foi, por assim dizer, fotografado, pesado e medido.

WILLIAN CROOKES

Coube a Willian Crookes, o célebre físico inglês, chamar a atenção de toda Europa racionalista para a realidade dos fatos espíritas. Muitos esperavam de suas investigações uma condenação irrevogável e humilhante.

Todavia o veredito do eminente sábio foi favorável. A Inglaterra cética assustou-se com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de prudência extrema.

Afinal, era preciso aceitá-las, porque Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e rendeu-se!




A. RUSSEL WALLACE


A. Russel Wallace, físico naturalista, considerado rival de Darwin, confessa: “Eu era um materialista
tão convencido, que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual. Os fatos, porém, são coisas pertinazes. Eles me obrigam a aceitá-los como fatos”.





CROMWEL VARLEY

Cromwel Varley, engenheiro, descobridor do condensador elétrico: “O ridículo que os espíritas têm
sofrido não parte senão daqueles que não tem tido o interesse científico e a coragem de fazer
algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram.”




OLIVER LODGE


Óliver Lodge, membro da Academia Real, físico responsável, declara: “Não viemos anunciar uma verdade extraordinária; nenhum novo meio de comunicação trazemos, apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas.
Digo “provas cuidadosamente colhidas”, pois que todos os estratagemas empregados para sua
obtenção foram postas em prática e não fiquei com nenhuma dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte”.



 
WILLIAN BARRET

William Barrett, professor de física: “É evidente a existência de um mundo espiritual, a
sobrevivência depois da morte e a comunicação ocasional dos que morreram. Ninguém, dos que
ridicularizam o Espiritismo, lhe concedeu, que eu saiba, atenção refletida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo, prudente e imparcial, tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de nós tem consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião.”




FREDERICO MYERS

Frederico Myers, da sociedade Real de Londres: “Pelas minhas experiências convenci-me de que os
pretendidos mortos se podem comunicar conosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo
de modo mais completo”.




A. DE MORGAN

A. de Morgan, presidente da Sociedade de Matemática de Londres: “Estou absolutamente convencido
do que tenho visto e ouvido a respeito dos fenômenos chamados espíritas, em condições que
tornam a incredulidade impossível”.




ERNESTO BOZZANO

Ernesto Bozzano, que por mais de trinta anos se dedicou aos estudos psíquicos: “Afirmo, sem receio
de erro, que, fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos
análogos ao que acabo de expor”.



OCHOROWICZ

Ochorowicz, professor de Psicologia da Universidade de Lemberg: “Quando me recordo de que, numa certa época, eu me admirava da coragem de Willian Crookes em sustentar a realidade dos
fenômenos espíritas; quando reflito, sobretudo, que li suas obras com o sorriso estúpido que
iluminava sempre a fisionomia de seus colegas, ao simples enunciado destas coisas, eu coro de
vergonha por mim próprio e pelos outros.”




CHARLES RICHET

Houve até quem fundou, uma nova ciência, com o objetivo exclusivo de verificar a autenticidade dos fatos supranormais. Este homem foi Charles Richet, criador da metapsíquica.

São dele as seguintes palavras: “Temos lido e relido, estudado e analisado as obras que foram
escritas sobre o assunto, e declaramos enormemente inverossímel e mesmo impossível que homens ilustres e probos como W. James, Chiaparelli, Meyrs, Zollner, de Rochas, Ochorowicz, Morselli, William Barrett, Gurney, Flammarion e tantos outros se tenham deixado, todos, por cem vezes diferentes, apesar de sua ciência, apesar de sua vigilante atenção, enganar por fraudadores e que fossem vítimas de uma espantosa credulidade. Eles não poderiam ser todos e sempre bastante cegos, para não se aperceberem de fraudes que deveriam ser grosseiras; bastante imprudentes para concluir, quando nenhuma conclusão era legítima; bastante inábeis para nunca, nem uns nem outros, fazerem uma só experiência irreprochável. “ A priori”, suas experiências merecem ser meditadas seriamente.”




GELEY

Quem vai agora depor é Geley, diretor do Instituto Metapsíquico de Paris, cientista exigente e poderosa inteligência: “É preciso confessar que os espiritistas dispõem de argumentos formidáveis. O
espiritismo só admite fatos experimentais com as deduções que eles comportam.”
“Os fenômenos espíritas estão solidamente estabelecidos pelo testemunho concordante de milhares e milhares de pesquisadores. Foram fiscalizados, com todo rigor dos métodos experimentais, por sábios ilustres de todos os países. Sua negação pura e simples equivale hoje a uma declaração de falência”.

Finalmente Geley dá este admirável testemunho de estudioso honesto: “Notemos imediatamente que não há exemplo de uma sábio que tenha negado a realidade dos fenômenos depois de estudo um tanto aprofundado. Ao contrário, numerosos são aqueles que, partindo de completo ceticismo, chegam à afirmação entusiástica.”




PAUL GIBIER


Paul Gibier, antes de aceitar o Espiritismo, era um cético declarado. Mas a obstinação dos fatos acabou por quebrar-lhe o negativismo: “Declaramos abertamente que, no começo dessas pesquisas, tínhamos a convicção íntima de que nos achávamos em face de uma colossal mistificação, que era preciso desmascarar. E foi preciso tempo para que nos desfizéssemos desta ideia.”

E acrescenta: “Não mais se permitem a censura e a zombaria fácil em tão grave assunto”.






FLAMMARION

Flammarion, o grande astrônomo, autor de tantas obras notáveis e respeitado como uma das maiores cerebrações da França no século passado, trouxe igualmente, o seu depoimento insuspeito: “A negação
dos céticos nada prova, senão que os negadores não observaram os fenômenos.”





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Curso Mediunidade Sem Preconceitos
Edvaldo Kulcheski

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Comportamento Mediúnico


A conduta mediúnica é a marca que podes mostrar aos que te cercam, indicando como realmente és na tua vida espiritual. Nessa ordem de coisas é que deves pensar e construir em teus passos os bons modos, tirando de todas as experiências louváveis o melhor para a tua vida. Saúde quer dizer equilíbrio,
é sinônimo de harmonia, que serve para que estimules a paz onde haja tribulação.

A tua mente deve ter o talho da mais alta função de comportamento, pois serás julgado por todos os que te cercam na vida, pelo que fazes da própria vida. O medianeiro sincero, assíduo no auto-aprimoramento, ouve permanentemente a consciência educada em Jesus. Para tanto, deves fugir
das contendas.

O conflito te predispõe para o encontro com as trevas e abre caminhos para que firas o teu companheiro que, às vezes, precisa do teu exemplo de tolerância e de complacência para se encontrar.
Com alguns minutos de boa conduta, podes ganhar um companheiro que há muitos anos vem se esforçando para vencer a si mesmo.


Foge das arengas das esquinas e da hostilidade das casas que são próprias desse tipo de vida, pois tais ambientes negativos interrompem a tua função de transmissor da verdade e de cura aos teus irmãos que sofrem e choram. Compadece-te de ti mesmo, que o benefício será de todas as criaturas. Ninguém vive sozinho. Precisamos de todos, como todos esperam de nós o que temos para dar.

Acrescenta ao teu dia-a-dia a auto-educação, para que surja o aprimoramento e, dele, a harmonia na tua função mediúnica. Confia em Deus, mas faze com que os outros confiem em ti.

Todos os espíritas conhecem e reconhecem o que é um bom comportamento. Se não te esforçares para melhorar, é porque te encontras tomado pela discórdia, dando vazão ao desentendimento por onde passas. A bondade de Deus é tão grandiosa que nós todos, encarnados e desencarnados, em todos os reinos da Terra, recebemos, pelo fluido universal, os pensamentos do Todo Poderoso, com todas as suas leis em estado de germinação para, dentro de nós, informar-nos sobre os caminhos a seguir.

Cada um recebe de acordo com a sua capacidade e os Espíritos dotados da razão aproveitam o que sabem, o que o tempo lhes conferiu e plasmam nas sensibilidades hídricas aquilo que acham que devem ser.

Planta pelas mãos dos sentimentos as tuas sementes para colheres na realidade o que plantaste. No entanto, somente as ideias de Deus são eternas.

As co-criações dos homens são transferíveis e transmutáveis e, nesse fazer e desmanchar, no correr dos milênios, aprendemos o certo e sentimos a glória de Deus em nossos corações, no surgir de uma luz dentro de nós, de onde nasce o Cristo, para ser o nosso motivo de grandes alegrias.

O raciocínio, no amanhã, será mais ajudado pela intuição. Aquele que apenas compreende pela razão, ainda se encontra em escala inferior. Quando mais evoluídos, compreenderemos sem pensar, conversaremos sem necessidade de articular sons e amaremos sem precisarmos dizer que estamos
amando. O médium das linhas do Bem deve bater nessa porta e entrar com humildade, buscando as primeiras letras do alfabeto divino. E quando entra, encontra o Evangelho disposto em todas as dimensões, para que ele possa compreender na dimensão em que se encontra. É um mundo novo que se abre, é uma esperança que convida o aprendiz para a luz do entendimento. A princípio nos parece difícil, como difíceis se apresentam todas as mudanças para o Bem.

Jesus nos mostrou, pela experiência, vivendo o drama do Calvário, que a mediunidade com Ele necessita das marcas da cruz em todos os nossos destinos, problemas inúmeros e dores sem conta, espinhos na carne e contradições nos caminhos, para que possamos selecionar as nossas próprias
diretrizes.

O Mestre, antes de dar o último testemunho, reuniu os discípulos, preparando-os no bom comportamento, para que o Evangelho fosse pregado em espírito e verdade, na palavra e no exemplo.

A ninguém estamos impondo boas maneiras . Apenas informando o que pode suceder com o médium imprevidente, com aqueles que usam as faculdades mediúnicas sem o devido discernimento.

Os nossos escritos são simples, mas são frutos de muito tempo de pesquisa, o que podes constatar na própria vida que levas. Se tens alguns dons desenvolvidos ou a desenvolver, não te iludas com as fáceis orientações acerca dessa atividade espiritual. Cuidado com os guias cegos!

O exercício mediúnico deve ser gratuito e, mesmo assim, deves saber o que estás fazendo para fazê-lo certo. Não sejas influenciado por falsas desculpas de que o médium pode viver da mediunidade. Ele deve viver do "suor do seu rosto', como é simbolizado o trabalho no livro sagrado. Ele não é diferente dos outros homens. Estamos trabalhando para o nosso próprio bem.

Quem vende os talentos que Deus lhe deu, sofrerá a falta deles no caminho para a espiritualidade. Milhares desses judas modernos têm chegado aqui com as mãos limpas, os olhos encharcados de lágrimas e um tribunal nas consciências, marcando-lhes as sentenças de volta à carne com os instrumentos de redenção atrofiados, por haverem feito mau uso deles. É o choro e o ranger de dentes muito falado no Velho Testamento. É nesse sentido que chamamos os novos discípulos do Cristo, que estão sendo chamados e escolhidos pela misericórdia do Senhor, para um bom comportamento, porque
quem não vigia e não ora, não sabe o que há de ser do seu destino.

A mediunidade pode ser uma bênção em teu caminho, se usada com critério e discernimento. Acima de tudo, nós te aconselhamos que, em todos os momentos em que fores exercitar a mediunidade em favor de alguém, convides o Cristo para assisti-la e testemunhar as tuas intenções para com ela. E, nesse
balanceado das tuas emoções, o Mestre poderá indicar-te o caminho melhor.
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SEGURANÇA MEDIÚNICA
Miramez

O Passe Individual



As modalidades de passes são diversas, como diversas são as ondulações de fluidos transmitidas pelos médiuns aos diversos enfermos. O médium adestrado no exercício do amor e disciplinado pela Doutrina Espírita, recebe a intuição adequada para o tratamento do doente que requer a sua presença,
sem nunca se esquecer de que o que se recebe de graça, de graça deverá ser doado.

As escolas de médiuns existentes em toda parte, proliferando em muitos países são, pois, bênçãos de Deus para os iniciantes e mesmo para a doutrina a que pertence o aprendiz. Porém, quando pronto para o trabalho de doação, liberta-te da mecanização que pode escravizar os teus dons, e entrega-te à
intuição divina com a divina força do amor e percebe a harmonia da natureza, disseminando vida em todos os rumos e paz em todas as dimensões.

Cada pessoa é um mundo diferente com necessidades diversas. A nossa mente, trabalhando aberta, como mãos que pedem aos céus direção, possibilita-nos atender a todos na sua faixa de vida, oferecendo ambiente para os benfeitores espirituais operarem com proveito entre o médium e o doente.


Os Espíritos doadores capazes de atrair fluidos e transformar energias de vários cambiantes, ao encontrarem uma mediunidade educada nos altos
preceitos evangélicos, traçam planos e executam trabalhos com grande facilidade, produzindo frutos visíveis na área da cura para aqueles que sofrem,
seja frente a frente ou a distâncias inacreditáveis. Prova disso se encontra no próprio Evangelho, onde Jesus curava com um simples "levanta-te e anda". Há médiuns que são capacitados para trabalhar somente com o seu fluido magnético, desde que não venham, por isso, a se encherem de vaidade. Eles podem buscar os fluidos no suprimento universal e transformá-los no amor, doando-os aos que padecem. Todavia, os olhos espirituais nunca se esquecem da presença de alguém para vigiar e manter à distância os perturbadores da ordem.

O passista deve ser confiante nos poderes de Deus e na assistência dos guias espirituais, acrescentando seus valores da forma como os requisitos da doutrina pedem e induzem ao procedimento. Nunca deves pensar que és o melhor, pelas curas que são feitas com a tua ajuda. São muitas as mãos que trabalham em tudo o que realizas. Cultiva a humildade no que pensas e falas.

As energias que te circundam são sensíveis aos teus sentimentos. O médium de cura começa a curar pela fala, que predispõe o enfermo à ação benéfica dos fluidos. Se os médicos descobrissem esta verdade, curariam muitas pessoas mesmo antes de administrarem os remédios. A palavra bem ordenada faz milagres.

O médium curador deve obedecer à lei natural em sua alimentação do dia-a-dia. Comer para viver e nunca viver somente para se alimentar. A seleção dos alimentos fica por conta da consciência que vibra no Bem.

O passe individual é uma doação direta de um para o outro e concreta na sua estrutura bioquímica. Quando estamos em plena harmonia com a vida universal, todas as nossas células vibram uníssonas na doação comum de vida para vida. Isso é Deus nos ensinando a amar! Isso é Cristo nos mostrando
como amar!

Quando fores chamado ao trabalho de cura, não te esqueças do preparo pela oração. A prece é feita de fios que nos ligam aos poderes maiores com segurança, e o que passa por eles, na forma de energia, é impulsionado pela fé. Isso mostra o quanto pode a confiança no Soberano Senhor e o quanto podemos realizar com Deus no coração.

A regra geral que requer o curador é o ambiente sereno, onde predomina o silêncio. É bom que te abstenhas de formulários humanos, de apetrechos difíceis e de palavras especiais. A melhor fórmula é o coração em ritmo com o coração de Deus e os apetrechos podem ser músicas elevadas, caso seja
possível, enquanto as palavras iniciais devem ser ditas como súplica ao Criador, para que entres em sintonia com a força divina que existe fora e dentro do teu coração. Nunca faças um passe sem que a alegria seja a flor do teu rosto. Analisa o enfermo, conversando com ele antes do tratamento, para que
possas sentir do que ele carece e doar o que a fome do companheiro exigir. 


Se souberes preparar o enfermo psicologicamente antes do tratamento, na verdade te dizemos que a cura poderá ser imediata, quando não um grande
alívio. A mente instintiva daquele que padece tem os mesmos poderes da de um santo, nas curas que opera. Só que a ele, o doente, falta   estímulo para gerar o que se gera espontaneamente no místico cheio de amor no coração. A natureza nos cede muitos meios de fazer o bem. Nós, os Espíritos encarnados e desencarnados, é que não compreendemos e nos desviamos, por ignorância, das correntes de luz que nos tocam, trazendo, em sua estrutura, a mensagem da saúde com o brilho da harmonia, a nos falar baixinho aos ouvidos: "Amai, que a felicidade é gerada pelo amor".

Estuda a fisiologia do corpo, pois se fizeres isso com interesse de aprender, Deus te inspirará quanto a fisiologia da alma. A própria alma te induzirá ao conhecimento de vários corpos que ela usa e a vida presente em tudo, dar-te-á a sabedoria para usar os teus dons na perfeita cura de todo o
agregado psicofísico.

Muitos pedem, em orações continuadas e repetidas, o desenvolvimento da terceira visão para o tratamento de enfermos. As inteligências superiores estão te ouvindo, mas tens, primeiramente, de saber fazer uso desse dom, que depois será despertado no centro da tua vida. É caridade de Deus não haver o despertar de certos dons em determinadas criaturas. O Senhor espera o poço ficar pronto para a água aparecer, ou o aprendiz se instruir e se educar para ver a aparição do Mestre.

Trabalha com o que tens, que Ele multiplicará, no campo das tuas intenções. Avança, que Deus sabe o que deve te pertencer. Não exijas do grande Soberano, pois nem sempre sabes que pedes.

Se tens o dom de curar e te dispões a trabalhar com Ele, não olvides a renúncia, vigia a sensualidade e disciplina todos os teus impulsos inferiores, para que a luz de Deus possa fluir sem interrupção pelos canais da tua mente, para os corações que sofrem nos caminhos do mundo.
Sê feliz, com a felicidade do Cristo.
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SEGURANÇA MEDIÚNICA
Miramez

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Culto do Evangelho no Lar





Importância:


Com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana.

Assim, conscientes de que são espíritos devedores perante as Leis Universais, procuram conduzir-se dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo os revezes da vida.

Quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecido, atraem-se para o convívio doméstico Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos.

A presença de Espíritos iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. O ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, querem encarnadas, querem desencarnadas.

As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores.


Como fazer:


(coloque água p/ fluidificar durante o Evangelho)

1- Prece Inicial:

Silenciamos dentro de nós e buscamos em nossa mente a Figura de Jesus, equilibrando as-sim, nossa aura, sintonizando-nos com o Plano Maior e pedimos:

"Senhor, dá-nos Tua Inspiração na Leitura Evangélica de hoje, e sustenta-nos durante toda a reunião, através de Teus mensageiros, para que possamos assimilar os ensinamentos e colo-cá-los em prática nem nosso dia-a dia."

2-a - Leitura de uma mensagem

2b- Leitura do Evangelho

(Os comentários devem envolver o trecho lido, buscando-se alcançar a essência dos ensinamentos de Jesus, realçando-se a necessidade da sua aplicação na vida diária.)


3- Vibrações: (Fazer vibrações é emitir sentimentos e pensamentos de amor, paz e harmonia)

- Fraternidade e Paz a toda Humanidade
- Pela implantação do Evangelho em todos os lares
- Pelo equilíbrio e Paz de toda família
- Pela cura e sustentação dos nossos familiares e amigos que estejam doentes
- Pelos presentes no Evangelho
- Pelo nosso lar onde está sendo feito o Evangelho (imaginar luz nas paredes, teto, piso, por-tas, roupas, alimentos, etc)

Pedimos:

" Mestre, abençoa o nosso lar, a nossa família. Faze com que haja paz, equilíbrio e harmonia em nossa casa, para que ela seja um lugar de refazimento físico e espiritual.
Jesus, cada um de nós tem um pedido em particular para Te fazer e, neste momento, silenci-amos, para que cada um de nós abra o coração a Ti, a fim de receber Tua orientação Amiga e Tua Luz." (silenciar)


4- Prece de encerramento:

" Jesus Amado!
Companheiros e amigos do Plano Maior!
Nós agradecemos a visita de Amor e a sustentação que nos foi dada, durante este Evange-lho, e pedimos que possamos estar todos juntos na próxima semana, para mais uma Reunião Evangélica neste Lar. Que assim seja!!




O CULTO DO EVANGELHO
*
1 - O ambiente em minha casa está uma “barra”! Todo mundo brigando! Tem Espírito ruim na jogada?
Provavelmente, mas não confunda efeito com causa. O ambiente não pesa pela presença de Espíritos perturbadores. Eles se apresentam porque o ambiente está pesado.
*
2 - Nós os atraímos?
É como na velha pergunta: “Por que o cachorro entra na igreja?”. As portas de nossa casa ficam escancaradas às influências espirituais inferiores quando se ausentam o entendimento, o respeito, a compreensão.
*
3 - E como ‘fechar a porta” a essas influências?
Melhorando o ambiente. Experimente instituir o Culto do Evangelho.
*
4 -Minha mãe sempre fala a respeito, mas meu pai e irmãos não se interessam.
Comece você e ela. Marque horário. Faça reuniões semanais. Aos poucos os outros serão atraídos.
*
5 - No que consiste o culto?
Algo muito simples. Uma oração, a leitura de «O Evangelho Segundo o Espiritismo” ou outro livro doutrinário de estudos evangélicos, a troca de idéias, alguns momentos de vibração em beneficio de pessoas acamadas ou com problemas, a prece de encerramento. Ponha uma jarra d’água para fluidificar.
*
6 -Qual o objetivo do culto?
Trocar idéias em torno das lições de Jesus, trazê-lo para o cotidiano, como um mestre a nos orientar nas atividades diárias. Ao mesmo tempo, nesses momentos estaremos recebendo a visita de amigos espirituais que higienização psiquicamente nosso lar, afastando influências nocivas e inspirando-nos em favor do entendimento e da harmonia.
*
7 - E quanto aos demais membros da casa?
Também serão beneficiados pela limpeza do ambiente e pela mudança de atitude sua e de sua mãe, à luz do Evangelho.
*
8 - Nosso relacionamento vai melhorar?
Experimente. Ficará surpreso com os resultados. Quando damos atenção aos ensinamentos de Jesus a Vida se ilumina. É como acender uma luz em plena escuridão.
*******************************************
RICHARD SIMONETTI




Dedica uma das sete noites da semana ao culto evangélico no lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara a mesa, coloca água pura, abre o evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.

Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando as orações se unem nos liames da fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinha de paz para todos.

Jesus no lar é vida para o lar.

Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende, da tua casa cristã, a luz do evangelho para o mundo atormentado.

Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto.

Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania.

Não te afastes da linha direcional do evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com teus filhos e com aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quando possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para que o divino Hóspede aí também se possa demorar.

E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procurar fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, Ter Jesus contigo.
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Joanna de Ângelis





Culto Individual do Evangelho

Nem sempre encontrarás a colaboração precisa ao culto do Evangelho no templo familiar. Por vezes, será necessário esperar o amadurecimento dos companheiros, que se mostram semelhantes à folhagem viçosa nas robustas fraudes da vida, incapazes de perceber a glória da frutificação no futuro. Ainda assim, procura a intimidade do Mestre e, sozinho embora, sintoniza-te com ELE, através da leitura divina. Realmente, por agora, és parte integrante do grupo consangüíneo, mas, no fundo, és o irmão da Humanidade inteira, com obrigações de seguir para a frente.Todos somos peregrinas da eternidade, em trânsito para a Vida Superior. Cada situação no círculo das formas, em que experimentamos e somos experimentados, é simples posição provisória. Lembra-te de que o dia será a inevitável arena do testemunho e, ao longo das horas, encontrarás mil alvitres diferentes. É a cólera pretendendo insinuar-se através do teu campo emotivo. É a dor que tentará subtrair-te o ânimo. E a ventania das provas, buscando apagar-te a,fé vacilante e humilde. E o verbo desvairado que te visitará nas bocas alheias, concitando-te a esquecer as melhores conquistas espirituais.
É a revolta que projetará fel sobre a tua esperança.
E a insubmissão do próprio "eu" que te criará dificuldades inúmeras.
E a vaidade que te repetirá velhas fantasias, acerca de tua superioridade inexistente.
E o orgulho que te apartará da fraternidade legítima.
É a preguiça que te fará acreditar no poder da enfermidade sobre a saúde e do desalento improdutivo sobre a alegria edificante.
E a maldade que te inclinará a palavra ao julgamento leviano ou apressado, no intuito de arrojar-te às trevas.
Recorda semelhantes inimigos que nos desafiam constantemente, na luta sem quartel da evolução e do aperfeiçoamento, e, no Culto individual da Boa-Nova, grava em ti mesmo as observações do Mestre Divino, anotando-lhe os conselhos e avisos e tomando as armas da compreensão e do bem para lutar dignamente, cada dia, na abençoada conquista do futuro glorificado e sem fim.





Ao realizares o Culto Evangélico do lar não te excedas em tempo, a fim de serem evitados a monotonia e o desinteresse.
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Não o imponhas aos que te não compartem as idéias ou preterem, por enquanto, outros rumos.
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Tenta a argumentação honesta e branda, convinente e autêntica.
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Insiste junto aos filhinhos para que comunguem contigo do pão do espírito, conforme de ti recebem o pão do corpo.
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Faze, porém, a tua parte.
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Se sentires a tentação do desânimo, a amargura ia decepção, recorda-te do otimismo dos primeiros cristãos e não desfaleças. Orando em conjunto, recomendavam os invigilantes, os perturbadores e inditosos ao Senhor, haurindo forças na comunhão fraterna para os testemunhos com que ensementaram na Humanidade as excelências da Boa Nova, que ora te al-cança o espírito sem as agruras da perseguição externa e das dolorosas injunções da impiedade humana.
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Acende o sol do Evangelho em casa, reúne-te com os teus para orar e jamais triunfarão trevas em teu lar, em tua família, em teu coração.
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Joanna de Ângelis

Sobre a desencarnação





P: – Os ensinamentos que a Doutrina Espírita nos apresenta nos preparam melhor para a desencarnação?

R: – O Espiritismo é o bê-a-bá da Vida Espiritual. Sabendo o que nos espera, será mais fácil enfrentar a grande transição. Imperioso reconhecer, porém, que o conhecimento espírita ajuda-nos no trânsito para o além, mas como chegaremos lá é uma questão eminentemente pessoal. Depende de como estamos vivendo, partindo do princípio evangélico de que aquele que mais recebe mais terá que dar.

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P:– As religiões, de um modo geral, apregoam a continuidade do ser espiritual que sobrevive à matéria. Apesar disso, as pessoas temem a morte. Por que isso acontece?

R: – É que a morte ainda é a grande desconhecida. As religiões tradicionais exaltam a sobrevivência, mas perdem-se em especulações teológicas, fantasiosas, quando cogitam de como seria a vida além-túmulo, recusando-se à iniciativa mais lógica, que seria a de conversar com os próprios mortos. É como se pretendêssemos imaginar como é a vida na França sem nenhum contato com os franceses. A ignorância sobre o assunto gera o temor. O Espiritismo ajuda-nos a vencer esse problema, porquanto começa exatamente onde as outras religiões terminam, devassando para nós o continente espiritual.

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P:– A morte ou a desencarnação libera o Espírito. Para onde ele vai? Quem o aguarda?

R: – A morte promove o encontro com a nossa própria consciência, para uma avaliação da experiência humana. Esse tribunal incorruptível determinará se seguiremos para regiões purgatoriais, onde, segundo a expressão evangélica, “haverá choro e ranger de dentes”, ou se nos habilitaremos a estagiar em comunidades diligentes e felizes, plenamente integradas no serviço do bem.

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P: – Como podemos ajudar o espírito que acaba de desencarnar, principalmente as vítimas de tragédias como acidentes automobilísticos, afogamentos, etc.?

R: – A morte não dói, mas impõe ao espírito certos constrangimentos e até aflições, o que é perfeitamente compreensível. Afinal, trata-se do desligamento de um corpo material ao qual esteve vinculado por largos anos, colhendo por seu intermédio, experiências sensoriais que se entranharam em sua intimidade, e das quais não é fácil desvencilhar-se. Tais problemas são diretamente proporcionais à natureza da morte: quanto mais abrupta, mais intensos. E inversamente proporcionais à condição do Espírito que desencarna: quanto mais evoluído, menos intensos. Tudo o que podemos fazer em seu beneficio é orar muito, conservando a serenidade e o equilíbrio, confiando em Deus, porquanto o desencarnante é muito sensível às vibrações dos familiares. Sentimentos de revolta, desespero e inconformidade repercutem em seu psiquismo, dificultando o desligamento e atormentando-o na vida espiritual.

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P: – Nossos familiares desencarnados poderão continuar a nos ajudar, mesmo no mundo espiritual?

R: – Nossos amados não estão isolados em compartimentos estanques, no Além. Eles nos procuram, nos estimulam, nos amparam. Torcem por nós, esperando que sejamos fortes e fiéis ao bem, no desdobramento de nossas provações, a fim de que o reencontro mais tarde – tão certo quanto a própria morte – seja em bases de vitória sobre as provações humanas, ensejando abençoado porvir.

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P: – De que forma devemos lembrar nossos entes queridos que desencarnaram? Visitando suas sepulturas nos cemitérios?

R: – Cemitério não é sala de visita do Além. Ali há apenas a veste carnal, decomposta, de alguém que transferiu residência para a espiritualidade. Ele preferirá ser lembrado na intimidade do lar, com preces e flores abençoadas de saudade, sem espinhos de inconformidade, como o fazem as pessoas conscientes de que a morte não desfaz as ligações afetivas, nem situa nossos amados em compartimentos estanques. Eles continuam vivos, amando-nos mais do que nunca. Visitam-nos e nos ajudam, torcendo por nós, aguardando, com a mesma ansiedade nossa, o reencontro feliz na espiritualidade.

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P: – A criatura geralmente tem pavor da morte ou desencarnação, evitando comentar o assunto. Isso é um erro?

R: – Trata-se de uma atitude irracional, já que a morte é a única certeza da vida. Todos morremos um dia. O medo da morte, basicamente, é o medo do desconhecido. Por isso o Espiritismo elimina nossos temores “matando” a morte, na medida em que demonstra que ela é apenas um retorno à vida espiritual, nossa pátria verdadeira.

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P: – Por que acontecem desencarnações de crianças, que estão apenas iniciando a jornada terrena?

R: – É um problema cármico envolvendo o desencarnante e a família. A existência curta frustra as expectativas do Espírito, impondo-lhe uma valorização da jornada humana, não raro malbaratada no passado pelo suicídio. Os pais, por sua vez, podem estar comprometidos com seus desatinos, por tê-los estimulado ou favorecido. Não raro estão pagando pelo descaso e a irresponsabilidade em anteriores experiências com a paternidade. Pode ocorrer, também, que se trata de breve encarnação sacrificial, em que um Espírito superior convive por alguns anos com afetos queridos na intimidade familiar, fazendo do sofrimento decorrente da separação pela morte um vigoroso impulso no sentido de que os pais superem as ilusões da Terra e cultivem os valores do Céu.

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P: – Por que certos moribundos experimentam melhoras em seus quadros clínicos, a ponto de tranqüilizar os familiares, e instantes depois desencarnam?

R: – Quando a família não aceita a desencarnação, mergulhando no desespero, suas vibrações desajustadas promovem uma sustentação artificial do moribundo, que não evita a morte, mas prolonga a agonia. Os benfeitores espirituais promovem, então, com recursos magnéticos, uma melhora artificial. O paciente parece entrar num quadro de recuperação. Os familiares, mais tranqüilos, afastam-se, julgando que o pior passou. Afrouxa-se a sustentação fluídica retentora e inicia-se o irreversível processo desencarnatório. A sabedoria popular proclama: - “Foi a melhora da morte”. Na verdade, trata-se apenas de um recurso da espiritualidade para afastar familiares que atrapalham a desencarnação.

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P: - A certeza da continuidade da vida após a morte e as noções sobre a reencarnação ajudariam as pessoas a vencerem o sentimento de desesperança?

R: – Sem dúvida. Tais realidades descortinadas pela Doutrina Espírita, muito mais do que simples esperanças, nos oferecem segurança diante da vida e alegria de viver.
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Richard Simonetti



Ausência de Notícias

“Entre as causas que podem se opor à manifestação do um espírito, algumas lhe são pessoais outras lhe são estranhas. É preciso colocar entre as primeiras, suas ocupações ou as missões que cumprem, e das quais não pode desviar-se para ceder aos nossos desejos; nesta caso sua visita não é senão adiada.” (Cap. XXV – Segunda parte – Item- 275 - Livro dos Médiuns)

Embora permaneçam vinculados à Terra, nem todos os espíritos encontram-se em condições de comunicar-se mediunicamente com os que se demoram na luta física. Nem médiuns em número suficiente teríamos para tal cometimento, se os espíritos pudessem se manifestar como desejariam.

Quando desencarnam, os espíritos prosseguem em suas atividades no Mundo Espiritual: Alguns ascendem a regiões superiores da vida, em obediência aos impositivos da própria evolução, e outros precipitam-se nas regiões infelizes de onde não conseguem ausentar-se com facilidade.

Algemados a preconceitos de caráter religioso, dos quais não se libertam mesmo depois da morte, alguns espíritos recusam-se a “voltar” e manter contato com os que procuram saber como estão; outros reencontrando antigas afinidades, como que se “esquecem” dos laços consanguíneos a que se prenderam por determinado tempo...

Alguns desencarnados tentaram o difícil intercâmbio com os parentes e amigos, desistindo por não encontrar receptividade necessária ou contar com o interesse deles; outros, de acordo com as provações em que estejam envolvidos, como que se condenam ao silêncio, talvez justamente por ter ridicularizado semelhante oportunidade...

Enfim, são múltiplas as razões para a ausência de notícias da parte dos espíritos.

Alguns, se manifestam, certamente haveriam de complicar a situação dos que pelejam no mundo, culpando-os pelas dificuldades que faceiam deste outro lado da vida; outros abordariam assuntos “censurados” pelos benfeitores espirituais, de vez que não lhes assiste o direito de se utilizar de um médium para intranquilizar os homens...

Alguns simplesmente não se expressam porque, dentro de um período relativamente curto, são reconduzidos á reencarnação e outros, em se vendo fora do corpo, se revelam indiferentes aos companheiros da retaguarda material...

Juntando-se às razões anotadas aqui, carecemos de levar em consideração o problema do médium que não se encontra apto para estabelecer sintonia com todo ou qualquer espírito que dele se aproxima. Existe ainda a questão fundamenta da simpatia entre o médium, o espírito, e os familiares interessados na mensagem. Não raro, o espírito se envergonha de expor ao público, e o médium, por sua vez, teme não corresponder ás expectativas das pessoas que, normalmente são muito exigentes, não considerando as limitações naturais de um intercâmbio dessa natureza.

Grande parte dos comunicados de Além-túmulo acontece com a intermediação dos espíritos-médiuns, ou seja, dos espíritos que, em nome dos evocados e com a devida permissão dos benfeitores, transmitem os seus recados aos corações amados, saudosos de suas notícias. Allan Kardec, em O livro dos médiuns, faz uma consideração de suma importância: “...

Uma primeira conversa não é tão satisfatória que se poderia desejar, e é por isso também que os próprios espíritos, frequentemente, pedem para se chamados de novo. Pode acontecer, portanto, que numa primeira comunicação o espírito deixe a desejar; somente como o tempo, criando uma maior sintonia com o médium, ele irá se soltando mais, conseguindo se expressar com o desembaraço necessário.

Depois de certa insistência, através de um médium, na obtenção de notícias desse ou daquele familiar desencarnado, se a comunicação desejada não se concretiza, convém que as pessoas desistam ou, então, efetuem tentativas por um outro médium que ofereçam aos espíritos condições ideais. O que não é possível através de um médium, pode ser através de outro. Isto é perfeitamente compreensível.

Somos da opinião, que de um modo geral, as pessoas deveriam evitar obter mensagens de um mesmo espírito, através de médiuns diferentes. Temos visto muita gente perder a fé por isso.

Julgando os referidos comunicados contraditórios, porque não possuem o indispensável conhecimento doutrinário para discerni-los, acabam cavando o abismo da própria descrença.
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MEDIUNIDADE E EVANGELHO
Odilon Fernandes
Carlos A. Bacelli

O TELEFONE MEDIÚNICO



Uns não acreditam nas comunicações dos espíritos, outros acreditam demais e querem obtê-las com a facilidade de uma ligação telefônica. Nem tanto ao céu, nem tanto à terra! Se as comunicações entre as criaturas terrenas nem sempre são fáceis, que dizer das que se processam entre os espíritos e os homens? Muita gente procura o médium como se ele fosse uma espécie de cabina telefônica. Mas nem sempre o circuito está livre e muitas vezes o espírito chamado não pode atender.

Não há dúvida que estamos na época profetizada por Joel, em que as manifestações se intensificam por toda parte. Nem todos os espíritos, porém, estão em condições de comunicar-se com facilidade. Além desazo, a manifestação solicitada pode ser inconveniente no momento, tanto para o espírito quanto para o encarnado.

A morte é um fenômeno psicobiológico que ocorre de várias maneiras de acordo com as condições ídeo-emotivas de cada caso, envolvendo o que parte e os que ficam. A questão 155 de O Livro dos Espíritos explica de maneira clara a complexidade do processo de desencarnação. Alguns espíritos se libertam rapidamente do corpo, outros demoram a fazê-lo e isso retarda a sua possibilidade de comunicar-se.

Devemos lembrar ainda que os espíritos são criaturas livres e conscientes. Não estão ao sabor dos nossos caprichos e nenhum médium ou diretor de sessões tem o poder de fazê-los atender aos nossos chamados. Quando querem manifestar-se, eles o fazem espontaneamente, e não raro de maneira inesperada. Enganam-se os que pensam que podem dominá-los. Já ensinava Jesus, como vemos nos Evangelhos: o espírito sopra onde quer e ninguém sabe de onde vem nem para onde vai.

É natural que os familiares aflitos procurem obter a comunicação de um ente querido. Mas convém que se lembrem da necessidade de respeitar as leis que regem as condições do espírito na vida e na morte. O intercâmbio mediúnico é um ato de amor que só deve realizar-se quando conveniente para os dois lados. O Espiritismo nos ensina a respeitar a morte como respeitamos a vida, confiando nos desígnios de Deus. Só a Misericórdia Divina pode regular o diálogo entre os vivos da Terra e os vivos do Além. Façamos nossas preces em favor dos que partiram e esperemos em Deus a graça do reencontro que só Ele nos pode conceder.

Muitos religiosos condenam as comunicações mediúnicas, alegando que elas violam o mistério da morte e perturbam o repouso dos mortos. Esquecem-se de que os próprios espíritos de pessoas falecidas procuram comunicar-se com os vivos. Foi dessa procura de comunicação dos mortos, tão insistente no mundo inteiro, que se iniciaram de maneira natural as relações mediúnicas entre o mundo visível e o invisível. O conceito errôneo da morte, como aniquilamento ou transformação total da criatura humana, gera e sustenta essas formas de superstição. O Espiritismo, revivendo os fundamentos esquecidos do Cristianismo puro, mostra-nos que a comunicação mediúnica é lei da vida a nos libertar de erros e temores supersticiosos do passado.
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Irmão Saulo
Do livro Diálogo dos Vivos. Espíritos Diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires. 







  ANTE O MAIS ALÉM 

Anseias pela manifestação dos entes amados que te antecederam na grande viagem da desencarnação.

Pondera, entretanto, relativamente à presença deles no plano físico, onde te encontras ainda, e remonta os cuidados que te recebiam nos instantes de luta e sofrimento: medicação para a enfermidade e entendimento nas horas de crise.

Aqueles que se afiguram mortos estão vivos. E todos os teus pensamentos, com respeito a eles, alcançam-lhes o espírito com endereço exato.

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Imagina uma pessoa em desequilíbrio emocional que gritasse em lágrimas ao telefone, rogando consolo e coragem ao ente amado na outra ponta do fio, hospitalizado para tratamento de reajuste, a exigir bastas vezes socorro mais intensivo.

Decerto que os responsáveis pelo doente, de um lado, e pelo outro, o enfermo, à distância, tudo fariam para adiar o encontro solicitado, considerando que aflição mais aflição somariam apenas desespero maior.

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Diante dos seres queridos domiciliados no Mais Além, reflete, acima de tudo, na infinita bondade de Deus, que nos empresta as afeições uns dos outros por tempo determinado, a fim de aprendermos, através de comunhões e separações temporárias, a entesourar o amor indestrutível que nos reunirá, um dia, na felicidade sem adeus.

E enquanto perdure a distância, do ponto de vista físico, cultiva a saudade nas leiras do serviço ao próximo, qual se estivesse amparando e auxiliando a eles mesmos, tanto quanto efetuando em lugar deles tudo quanto desejariam fazer. Assim construirás, gradativamente, a ponte de intercâmbio pela qual virão ter espontaneamente contigo, de modo a compreenderes que berço e túmulo, existência e morte, são caminhos da evolução para a vida imortal.
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Emmanuel 
Chico Xavier