TESTEMUNHAS DO ALÉM

Blog Espírita

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O Uso da Mediunidade no Dia a Dia


Não resta dúvida de que, como nos ensinou a mediunidade de nosso saudoso Chico, a enxada que não trabalha enferruja.
Não resta dúvida, tampouco, que, em um país como o Brasil, em que a Doutrina Espírita está tão bem divulgada, onde existem tantas Casas Espíritas e tantas obras de caridade, onde há tantos desencantados e doentes do corpo e da alma, não faltam oportunidades de auxílio aos necessitados, encarnados e desencarnados. Só não se envolve em atividades mediúnicas em nosso país quem não quer, é mal informado ou desconhece o fator mediúnico em nossas vidas, a mediunidade como ela realmente é.


Entretanto, situação bem diversa se dá em certos países ditos “de primeiro mundo”. Minha experiência em websites espiritualistas estrangeiros deu-me a oportunidade de travar contato com inúmeros médiuns perturbados habitando em países onde a mediunidade deles é incompreendida e as oportunidades de auxílio que abundam no Brasil simplesmente inexistem. Em tais países desenvolvidos não existe pobreza material, a religião existente é dogmática e estagnada e ensinamentos esotéricos desencontrados são misturados de modo comercial e confuso, em um quadro de desamparo e desalento para tais médiuns sofredores, isolados em seus conflitos e simplesmente dados como loucos ou perturbados.


Como a Justiça Divina é perfeita, não há como supor que alguém reencarne com mediunidade em tal situação sem ter como utilizá-la com bom proveito. Desse modo, parece-me evidente que a mediunidade possa ser exercida qualitativamente a contento e em intensidade satisfatória não só em atividades tradicionalmente entendidas como mediúnicas, mas, também e, até mesmo principalmente, nas simples atividades do dia-a-dia.


Logo, um abraço amoroso pode ser uma atividade mediúnica inconsciente. Por que razão um Espírito bom não aproveitaria tal oportunidade para beneficiar a pessoa abraçada, utilizando-se do agente do abraço como médium? Uma prece, um pensamento carinhoso, um aperto de mão, um olhar compassivo, são tantas as formas naturais de passe que podemos dar no dia-a-dia, com o concurso de nossos mentores e guias, em um inequívoco uso de nossa mediunidade. Quando a mãe passa a mão suavemente no cabelo de seu querido filho ou filha, não poderá ela estar usando sua mediunidade e dando um passe, apesar de inconsciente de tal fato?


Não estou sendo meramente teórico em minhas considerações. Observo e sinto em meu dia-a-dia que estou utilizando minha mediunidade a todo o instante. Sim, é verdade, conheço a Doutrina Espírita e isso me permite estar consciente do que faço. No entanto, que diferença faz? Um médium inconsciente pode ser muito eficiente como agente de cura em um abraço dado em uma pessoa doente na casa deste último. Basta, para tanto, que, ao dar esse abraço, ele esteja em sintonia com os bons Espíritos e que encha seu coração de amor pela pessoa a quem abraça.


Concluindo minhas observações, quero dizer que é nessa linha que sempre procurei orientar os médiuns perturbados que escreviam nos websites espiritualistas estrangeiros que frequentava. Dizia a eles que se esforçassem por ser pessoas melhores, um dia após o outro. Que aprendessem a olhar para todos à sua volta como irmãos e irmãs. Que, se lhes fosse difícil perdoar a quem os ofendesse, que, pelo menos, por eles não alimentassem rancor, procurando esquecer as ofensas recebidas; que orassem por todos à sua volta; que valorizassem os apertos de mão, os abraços, os olhares, e projetassem amor em tais comportamentos, de outra forma constituídos de simples formalidades sociais. Dizia, finalmente, que procurassem aquele parente ou conhecido velho e doente e os visitassem, conversassem com ele, lhe trouxessem alento com sua simples presença.


É isso que queria dizer. Costumo ler muitas vezes orientações de como usar a mediunidade que se aplicam somente no Brasil ou, no máximo, em alguns poucos lugares do planeta. Gostaria que os irmãos e irmãs explorassem mais outras situações, mesmo porque, nada nos garante que venhamos a ter nossa próxima reencarnação neste querido País. Que tal, então, começarmos desde agora a praticar?


O Movimento Espírita pode estar muito mais amplo e divulgado no Brasil que em outras partes do mundo, mas a Doutrina Espírita é para toda a humanidade, neste planeta e em outros mais. É mister, portanto, que saibamos praticar os ensinamentos do Mestre, explicados com tanta clareza pelo Espiritismo, estejamos onde estejamos, quer conheçamos a Codificação de forma explícita, pela sua leitura e estudo na vida atual, quer de forma intuitiva, pelas lembranças de estudos sérios que tenhamos feito nas vidas que passaram.

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Renato Costa


quinta-feira, 12 de abril de 2012

ESTUDANDO A ARROGÂNCIA





Arrogância, eis um tema de extrema importância para ser meditado em nossos núcleos de amor cristão.


Tenho arrogância?

Como descobri-la?

O que é arrogância?

Um sentimento ou uma atitude?

Qual a sua origem?

Como se manifesta?

Como se manifesta?

Como perceber a atitude arrogante?

Que fazer para superar essa doença moral?

Como espíritas somos arrogantes?

Como?

Por que existe ainda a arrogância em nossa conduta, apesar do conhecimento doutrinário?


Os Sábios Guias da Verdade oportunamente responderam ao senhor Allan Kardec: "De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria, influência de que o homem, ainda muito próximo de sua origem, não pode libertar-se e para cujo entretenimento tudo concorre: suas leis, sua organização social, sua educação".

O estudo do sentimento de egoísmo constitui elemento fundamental no entendimento de nossas necessidades espirituais. Significa estudar nossa própria história evolutiva.


A sutil diferença entre pensar excessivamente em si e pensar em si com benevolência pode determinar a natureza de todos os sentimentos humanos. O excesso de interesse por si mesmo é um ciclo de ilusões que se repete sustentando o auto-desamor em milênios de perturbação.

A benevolência é a bondade efetiva que caminha de braços dados com a edificação da paz interior.

O codificador ponderou: "Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal." (O Livro dos Espíritos - questão 907- comentário de Allan Kardec).


Na fieira do tempo o egoísmo sofreu mutações infinitas que compõem a versatilidade de toda a estrutura sentimental do Ser. O abuso desses "germens de luz" tem constituído entrave ao longo dos tempos. A paixão - ausência de domínio sob gerência da vontade - ensejou reflexos perniciosos, cujas raízes encontram-se no egocentrismo - o estado mental de fechamento das nossas próprias criações.


Nessas linhas de evolução, o instinto de conservação desenvolveu a posse como sinônimo de proteção, vindo a constituir o núcleo da tormenta humana como asseveram acima os Sábios Orientadores da Verdade: "(...) o egoísmo é a mais difícil de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria (...)."


Alicerçados na necessidade apaixonada de proteção material, enlouquecemos através da posse e a conduta arrogante ensejou-nos a concretização dessa atitude de egoísmo.




O princípio que gera a arrogâncai foi colocado no homem para o bem. É a ânsia de crescer e realizar-se.



O impulso para progredir.



O instinto de conservação que prevê a proteção, a defesa.



Tais princípios são os fatores de motivação para a coragem, a ousadia, o encanto com os desafios.



Graças a eles surgem os líderes, o idealismo e as grandes realizações inspiradas em visões ampliadas do futuro.



O excesso de tudo isso, no entanto, criou a paixão. A paixão gerou o vício. O vício patrocinou o desequilíbrio.


Comparemos o egoísmo como sendo o vírus e a arrogância a doença, seus efeitos nocivos e destruidores.


Arrogância, "qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade moral, social, intelectual ou de comportamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez". Esse o conceito dos dicionários humanos. (Dicionário Houaiss).



No sentido espiritual podemos inferir vários conceitos para o sentimento de arrogar.


Vejamos alguns:



Exacerbada estima a si mesmo.


Supervalorização de si.


Autoconceito super dimensionado.


Desejo compulsivo de se impor aos demais.


O egoísmo é o sentimento básico.



Arrogância é a atitude íntima derivada desse alicerce de sensações nascidas no coração ocupado, exclusivamente, com seu ego.


Uma compulsiva necessidade de ser o primeiro, o melhor, manifestada através de um cortejo de pensamentos, emoções, sensações e condutas que determinam o raio espiritual no qual a criatura transita.


Asseveram os Sábios Guias: "(...) a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade,, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal".


Façamos um pequeno gráfico.


Escreva a palavra arrogância e a circule.


Agora faça quatro traços nos pontos cardeais e escreva: rigidez, competição, imprudência, prepotência.


Novamente faça um círculo em torno desses pontos e escreva: estado orgulhoso de ser.


Feche um novo círculo.


Essas são as quatro ações mais perceptíveis em decorrência do ato de arrogar que estruturam expressiva maioria dos estados psicológicos e emocionais do Ser.



A partir desse estado orgulhoso de ser, podemos perceber um quadro mental de rígida autosuficiência, do qual nascem as ilusões e os equívocos da caminhada humana, arrojando-nos aos despenhadeiros da insanidade aceitável e da rivalidade envernizada.


O traço predominante na personalidade arrogante é a não conformidade.



Usada com equilíbrio, é fonte de crescimento e progresso.



Todavia, sob ação dos reflexos da posse e do interesse pessoal, que marcaram, acentuadamente, nossas reencarnações, esse traço atingiu o patamar de rebeldia e obstinação enfermiça.


A rebeldia tornou-se um condicionamento psicológico que dilata as ações da arrogância.



Uma lente de aumento que decuplica e acelera as mutações da autosuficiência.


Estudemos, portanto, as atitudes pilares da arrogância sob as lentes da rebeldia.


A rigidez é a raiz das condutas autoritárias e da teimosia que, freqüentemente, deságuam nos comportamentos de intolerância. Sob ação da rebeldia, patrocina o desrespeito ao Livre-arbítrio alheio e alimentam constantemente o melindre por a vida não ser como ele gostaria que fosse.


A competição não existe sem a comparação e o impulso de disputa. Quando tomado pela paixão, a força motriz de semelhante ação é o sentimento de inveja. Na mira da rebeldia, causa o menosprezo e a indiferença que tenta empanar o brilho de outrem. A competição é o alimento do sentimento de superioridade.


A imprudência é marcada pela ousadia transgressora que não teme e nem respeita os limites.



Quase sempre, essa inquietude da alma alcança o perfeccionismo e a ansiedade que, frequentemente, deságuam na necessidade de controle e domínio.


Consubstanciam modos rebeldes de ser. Desejo de hegemonia. Sentimento de poder.


A prepotência é um efeito natural da perspicácia que pode insuflar a megalomania, a presunção. Juntos formam o piso da vaidade. A rebeldia, nesse passo, conduz a uma desmedida necessidade de fixar-se em certezas que adornam posturas de infalibilidade.


Conforme o temperamento e a história espiritual particular, a arrogância manifesta-se com maior ou menor ênfase em uma das quatro ações descritas, criando efeitos variados no comportamento. Apesar disso, a cadeia de reflexos íntimos é muito similar.


Egoísmo que na sua mutação transforma-se em arrogância; essa, por sua vez, deriva um cortejo de outros sentimentos sob ação do orgulho e da rebeldia.


A arrogância retira-nos o "senso de realidade". Acreditamos mais naquilo que pensamos sobre o mundo e as pessoas do que naquilo que são realmente. Por essa razão, esse processo da vida mental consolida-se como piso de inumeráveis psicopatologias da classificação humana.



A alteração da percepção do pensamento é o fator gerador dos mais severos transtornos psiquiátricos. São as manifestações enfermiças do eu na direção do narcisismo. Na rigidez, eu controlo. Na competição, eu sou maior. Na imprudência, eu quero. Na prepotência, eu posso.



A arrogância pensa a vida e ao pensá-la, afasta-nos dos nossos sentimentos.


Essa desconexão com a realidade estabelece a presença contínua das fantasias no funcionamento mental, isto é, a "interpretação ou imagem desvirtuada" que a pessoa alimenta acerca de fatos, pessoas e coisas. Nesse passo existem dois tipos psicológicos mais comuns.



A arrogância voltada para o passado, quando há uma fixação em mágoas decorrentes da inaceitação de ocorrências que na sua excessiva autovalorização, o arrogante acredita não merecê-las.



O outro tipo é a arrogância dirigida ao futuro, quando a criatura vive de ideais, no mundo das idéias, acreditando-se mais capaz e valorosa que realmente o é.



Passível de realizar grandes e importantes missões, tais "deslocamentos da mente" são formas de evadir de algo difícil de aceitar no presente.



De alguma maneira, constituem mecanismos protetores, todavia, quando se prolongam demasiadamente, podem gerar enfermidades psíquicas.



A depressão é resultado da arrogância voltada ao passado.



E a psicose em relação ao futuro.


Interessante observar que uma das propriedades psicológicas doentias mais presentes na estrutura rebelde da arrogância é a incapacidade para percebê-la.



O efeito mais habitual de sua ação na mente humana.



Basta destacar que dificilmente aceitamos ser adjetivados de arrogantes.



Entretanto, um estudo minucioso nos levará a concluir que, raríssimas vezes na Terra, encontraremos condutas livres dessa velha patologia moral.


Relacionemos outros efeitos dessa doença:


01. Perda do autodomínio.
02. Apego a convicções pessoais.
03. Gosto por julgar e rotular a conduta alheia.
04. Necessidade de exercício do poder.
05. Rejeição a críticas ou questionamentos.
06. Negação de sentimentos.
07. Ter resposta para tudo.
08. Desprezo aos esforços alheios.
09. Imponência nas expressões corporais.
10. Personalismo.
11. Auto-suficiência nas decisões.
12. Bloqueio na habilidade na empatia.
13. Incapacita para a alteridade.
14. Turva o afeto.
15. Acredita que pode mais do que realmente é capaz.
16. Buscar mais do que necessita.
17. Querer ir além de seus limites.
18. Exigir mais do que consegue.
19. Sentir que somos especiais pelo bem que fazemos.
20. Supor que temos a capacidade de dizer o que é certo e errado para os outros.
21. Sentir-se com direitos e qualidades em função do tempo de doutrina e da folha de
serviços.
22. Acreditar que temos a melhor percepção sobre as responsabilidades que nos são
entregues em nome do Cristo.
23. Julgar-se apto a conhecer o que se passa no íntimo de nosso próximo.
24. Desprezar o valor alheio.



A ausência de consciência sobre esse sentimento e suas manifestações de rebeldia tem sido responsável por inúmeros acidentes da vida interpessoal. Mesmo entre os seguidores das orientações do Evangelho, solapam as mais caras afeições, levando muita vez a tomar os amigos como autênticos adversários como destaca a questão 917 de O Livro dos Espíritos:


"Quando compreender bem que no egoísmo reside uma dessas causas, a que gera o orgulho, a ambição, a cupidez, a inveja, o ódio, o ciúme, que a cada momento o magoam, a que perturba todas as relações sociais, provoca as dissensões, aniquila a confiança, a que obriga a se manter constantemente na defensiva contra o seu vizinho, enfim a que do amigo faz inimigo, ele compreenderá também que esse vício é incompatível com a sua felicidade e, podemos mesmo acrescentar, com a sua própria segurança".


Ter autoconsciência é uma das habilidades da inteligência emocional. Saber dar nome aos nossos sentimentos é fundamental no processo de crescimento e reforma interior.


A arrogância que costumamos rejeitar como característica de nossa personalidade é responsável por uma dinâmica metamorfose dos sentimentos.


A ignorância de seus efeitos em nossa vida é explorada pelos gênios astutos da perversidade no planeta.


Necessário registrar que os apontamentos sobre a arrogância aqui transcritos foram embasados no livro "Porta Larga, o Caminho da Perdição Humana". Um exemplar utilizado nas escolas da maldade em núcleos organizados da erraticidade, arquivado na biblioteca do Hospital Esperança quando seu próprio autor foi resgatado e socorrido por Eurípedes Barsanulfo há algumas décadas. Hoje reencarnado no seio do Espiritismo, esse escritor das penas vãs busca sua redenção na luta contra sua própria arrogância.


O gráfico que sugerimos, o Hospital Esperança também da autoria de nosso irmão, é usado em inúmeras plataformas de estudos com finalidades hegemônicas em clãs a perversidade.


O livro, que ainda permanece arquivado em nosso centro de estudos, é um exemplar de inteligência psicológica cujo propósito é combater a mensagem evangélica do Cristo embasada na humildade. Segundo o autor, a arrogância é a porta larga para implantação do caos no orbe terreno.


"Assim não deve ser entre vós; ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; - e, aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo".


Por que essa compulsão por ser o maior em uma obra que não nos pertence?


Se a obra é do Cristo, por que a ante-fraternidade?


Considerando tais reflexões acerca dessa doença dos costumes, teçamos algumas ponderações que nos motivem a algumas auto-aferições à luz da claridade espírita.


Arrogância - Intolerância, inveja, poder, vaidade.
Intolerância - autoritarismo e teimosia.
Inveja - impulso de disputa e comparação.
Poder - perfeccionismo e ansiedade.
Vaidade - Megalomania e presunção.
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Trechos do Livro Escutando Sentimentos

Estufas Psíquicas da Depressão




"Apenas Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. As vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala."

Um Espírito protetor, (Lião, 1860). O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo XIII - ítem 1.

Depressão é uma intimação das Leis da Vida convocando a alma a mudanças inadiáveis. É a "doença-prisão" que caça a liberdade da criatura, rebelde, viciada em ter seus caprichos atendidos. Vício sedimentado em milênios de orgulho e rebeldia por não aceitar as frustrações do ato de viver. Em tese, depressão é a reação da alma que não aceitou sua realidade pessoal como ela é, estabelecendo um desajuste interior que a incapacita para viver plenamente.

Desde as crises ocasionais da depressão reativa até os quadros mais severos que avançam aos sombrios labirintos da psicose, encontramos no cerne da enfermidade o Espírito, recusando os alvitres da vida. Através das reações demonstra sua insatisfação em concordar com a Vontade Divina, acerca de Seus Desígnios, em flagrante desajuste. Rebela-se ante a morte e a perda, a mudança e o desgosto, a decepção e os desafios do caminho, criando um litígio com Deus, lançando a si mesmo nos leitos amargos da inconformação e da revolta, do ódio e da insanidade, da apatia e do sofrimento moral.

Neste momento de transição em que os avanços científicos a classificam dentro de limites e códigos, é necessário ampliar a lente das investigações para analisá-la como estado interior de inadequação com a vida, que limita o Espírito para plenificarse, existir, ser em plenitude. Seu traço psíquico predominante é a diminuição ou ausência de prazer em quaisquer níveis que se manifeste. Portanto, dilatando as classificações dos respeitáveis códigos humanos, vamos conceituá-la como sendo o sofrimento moral capaz de reduzir ou retirar a alegria de viver.

Sob enfoque espiritual, estar deprimido é um estado de insatisfação crônica, não necessariamente incapacitante. As mais graves psicoses nasceram através de "filetes de loucura controlada" que roubam do ser humano a alegria de continuar sua marcha, de cultivar sonhos e lutas pelos ideais de sobrevivência básica. Nessa ótica, tomemos alguns exemplos para ilustrar nosso enfoque de depressão à luz do Espírito imortal em condutas rotineiras:

O desânimo no cumprimento do dever.
A insegurança obsessiva.
A ansiedade inexplicável.
A solidão em grupo.
A impotência perante o convite das escolhas.
A angústia da melhora.
A aterrorizante sensação de abandono.
Sentir-se inútil.
Baixa tolerância às frustrações.
O desencanto com os amigos.
Medo da vulnerabilidade.
A descrença no ato de viver.
O hábito sistemático da queixa improdutiva.
A revolta com normas coletivas para o bem de todos.
A indisposição de conviver com os diferentes.
A relação de insatisfação com o corpo.
O apego aos fatos passados.
O sentimento de menos-valia perante o mundo.
O descaso com os conflitos, a negação dos sentimentos.
A inveja do sucesso alheio.
A desistência de ser feliz.
A decisão de não perdoar.
A inconformação perante as perdas.
Fixação obstinada nos pontos de vista.
O desamor aos que nos prejudicam.
O cultivo do personalismo - a exacerbada importância pessoal.
O gerenciamento ineficaz da culpa.
As aflições-fantasma com o futuro.
A tormenta de ser rejeitado.
As agruras perante as críticas.
Rigidez nas atitudes e nos objetivos.
Conduta perfeccionista.
Sinergia com o pessimismo.
Impulso para desistir dos compromissos.
Pulsão para controlar a vida.
Irritabilidade sem causas conhecidas.

Todas essas ações ou sentimentos são sinais de depressão na alma, porque criam ou refletem um desajuste da criatura com a existência, levando-a, paulatinamente, a roubar de si mesma a energia da vida. São rejeições à Sábia e Justa Vontade Divina - Excelsa expressão do bem em nosso favor nas ocorrências de cada dia.

Ao formularmos esse foco para a depressão, nossa intenção é estimular a medicina preventiva centrada no Espírito imortal e na educação. É assustador o índice de deprimidos segundo a sintomatologia oficial, no entanto, infinitamente maior é o número daqueles que cultivam, em regime de cultura mental, os embriões de futuros episódios psiquiátricos depressivos.

A solução vem da própria mente. A terapêutica está no imo da criatura. Aprender a ouvir os ditames da consciência: eis o que pouco fazem quando se encontram sob sansão da depressão. Esse é o estado denominado "consciência tranqüila", ou seja, quando o self supera as tormentas da culpa e do medo, da ansiedade e do instinto de posse. Aprendendo a arte de ouvir esse guia infalível, a criatura caminha para o sossego íntimo, a serenidade, a plenitude, a alegria.

A saúde decorre de uma relação sinérgica com o self. Dele partem as forças capazes de estabelecer o clima da alegria de ser. Do self procede a energia da vida, o tônus que permite a criatura ampliar seu raio de interação com a natureza - outra fonte de vida -, expressão celeste de Deus no universo. A depressão é ausência dessa energia de base, dessa força de vitalidade e saúde, ensejando a defasagem, o esgotamento. A ausência de contato com o amor - Lei universal de vida e saúde integral - responde pelos reflexos da "morte interior".

Nos apelos da consciência encontraremos o receituário para a liberdade e a paz, o equilíbrio e o progresso.

A ingestão dessa medicação amarga será a batalha sem tréguas, porque aderir aos ditames conscienciais significa, antes de tudo, deixar de desejar o que se quer para fazer o que se deve. Nessa escola de novas aprendizagens, a alma fará cursos intensivos de novos costumes emoções através do aprendizado de olhar para si.

A ausência de uma percepção muito nítida das nossas reais necessidades interiores leva-nos à busca do prazer estereotipado, aquele que a maioria procura para preencher o "vazio", e não viver criativamente em paz. Depois vem a culpa e outras manifestações de dor. O prazer real é somente aquele que nos equilibra e preenche sem sofrimentos posteriores.

Somente estando identificados com os "recados do self", construiremos uma vida criativa, adequada ao caminho individual. Jung chamou esse processo de individuação.

Descobrir nossa singularidade, saber vivê-la sem afronta ao meio e colocá-la a serviço do bem, essas as etapas do crescimento sistêmico, integrado com o próximo, a vida e a natureza.

Individuação só será possível acolhendo a sombra do inconsciente através dos "braços do ego", entregando-a à "inteligência espiritual" do self, para transformá-la em luz e erguimento conforme as aspirações do Espírito.

Depressão - condição mental da alma que começa a resgatar o encontro com a verdade sobre si mesma depois de milênios nos labirintos da ilusão.

"A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um.
O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro.
Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?"

"Com relação à vida material, é a posse do necessário.
Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro."

Consciência tranquila e prazer de viver, a maior conquista das pessoas livres e felizes.
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Trechos do Livro Escutando Sentimentos

Depressão - Encontre-se consigo mesmo!





Débora Rabelo

Diante da dor, buscas a Jesus. Em meio a alegria, onde te encontras com ele? Caso esta pergunta te cause algum questionamento e te deixe sem resposta, abra os olhos de teu espírito ao chamado da espiritualidade. Ao deitar, feche seus olhos e mesmo que seja por um segundo, se encontre contigo mesmo!

A correria desenfreada do dia não nos permite que nos demos um segundo de atenção as nossas realizações. Com isso, seguimos muitas vezes em direção ao vazio, tudo para cumprirmos com as “obrigações”. Quando isso passa a ser uma rotina de constantes “nadas”, precisamos analisar o que desejamos para a nossa caminhada terrena.

Quando Jesus nos disse no Evangelho que, somente ele é o Caminho, a Verdade e a Vida, não nos disse por acaso. Nada é por acaso. Nos chamando a vivermos em nossas palavras, pensamentos e atos o seu Evangelho, nos convidou a dividirmos a ceia com ele.

Analisemos sua passagem de ensinamentos e que, a cada momento se encontra mais viva. Para aqueles que pensam que, seus caminhos estão distantes de suas realidades, pensem em Chico Xavier e em Divaldo Franco, espíritos que fizeram de suas vidas, um espelho refletindo amor a toda humanidade.

Para que possamos refletir amor também, precisamos encontrar um objetivo e ainda, confiarmos verdadeiramente em Deus. Ele tem o mapa de nossas almas. Todos os nossos sofrimentos estão ali para nos ensinarem a cada segundo como cultivarmos a humildade.

Só muda quem deseja transformar-se, resignar-se. Na resignação percebemos que, a causa de nossos sofrimentos nem sempre está nesta encarnação, mas que, Deus nos dá sempre mais uma chance de corrigirmos nossos atos. Da mesma forma que, ao colocar um véu sob nosso passado de erros, faz com que sejam aliviadas as nossas dores.

Podemos mudar de forma mais rápida ou mais lenta, de acordo com a estrada que optamos seguir. Com a Lei de Amor, por exemplo, temos todos os ensinos de Jesus resumidos. Ao fazermos ao próximo o que gostaríamos que a nós fosse feito, entendemos os sentimentos e, passamos a agir de forma mais humana.

O maior mandamento nos diz para “Amar a Deus sobre todas as coisas” numa forma perfeita e suave de como conduzirmos os nossos caminhos. Outro capítulo importante do Evangelho nos chama a atenção para o perdão. Principalmente aos nossos inimigos.

Mesmo que, tenhamos todos nós sido criados simples e ignorantes como nos relatam os espíritos através de Allan Kardec no Livro dos Espíritos, a evolução é feita de forma individual. Um fruto de nossas escolhas. E, a colheita vem de forma inevitável.

Desejamos sempre sermos perdoados, mas com que freqüência perdoamos e buscamos a reconciliação com aqueles que ainda não gostam de nós? Essa pergunta tem em sua quase total resposta, palavras vagas, porque as nossas más tendências ainda são as guias de nossas ações. Por orgulho, vaidade e egoísmo pensamos no que dirão se nos verem trocarmos um abraço com que nos feriu a alma. Em nenhum instante analisamos que, não nos levará a nada mantermos a distância existente com um espírito ainda indiferente aos nossos sentimentos.

Por isso, se neste momento a depressão começa a ruir as paredes de teu coração, busque forças na fé que dentro de tua consciência te chama para a luz. Lembre-se que, essa pessoa está sendo um lindo instrumento divino para te fazer crescer e consertar teu caminho, reparando um passado ou presente de erros. Atente-se ainda, ao fato de que você pode anteriormente ter sido o carrasco dessa pessoa que hoje lhe causa dor.

Nossa mente tem vários caminhos para nos conduzir as vibrações elevadas da espiritualidade superior. Mesmo que você ainda também esteja impregnado de imperfeições, não esqueça de que, Deus nos ama e está sempre disposto a nos reeducar nos passos do amor. Não há males que o amor não cure. Muito menos, rebeldias e teimosias que ele não transforme em determinação.

Neste momento você pode estar sozinho. Tudo bem. Antes que se considere uma vítima dessa circunstância, pare e analise todas as oportunidades de buscar seu crescimento pessoal e preparar-se para, quando for o momento, receber em seus braços o espírito que dividirá as estradas da vida com você.

Uma pessoa pode ser sozinha e nem por isso solitária. Os amigos são nossa família espiritual. Laços que a eternidade se encarrega de fortalecer pela saudade e carinho. A família são nossos laços corporais que aceitam a responsabilidade de superar uma dificuldade em comum ou nos proporcionam através da convivência a forma mais sincera de quitarmos os nossos débitos.

Talvez você ainda não se encontre, mesmo com esses soldados sua fortaleza pode estar desguarnecida. Então, relembre-se do mestre silencioso na cruz. Isso mesmo. Procure Jesus dentro de você. Como? Livre-se de todos os seus orgulhos, da vaidade e do egoísmo.

Nessa noite, abra seu coração para o amigo que jamais esqueceu de você. Peça ajuda e ore com a sinceridade mais verdadeira que for capaz. A oração é nossa ligação direta com a espiritualidade mais elevada.

A fé sempre será nosso alimento, nosso escudo e nossa espada. Assim, você terá forças para mudar seus hábitos. Transformando sua vida num canteiro de alegria irá atrair para junto de você apenas companhias leais e que desejam te ver feliz.

Caso alguns se afastem de você não chore. Eles já não terão mais a mesma vibração que você e isso é normal. Ou podem ter cumprido com a tarefa que tinham ao seu lado e terminada esta etapa, passarão a dar seguimento aos seus rumos.

Com certeza, aqueles espíritos que ainda ficarem ao seu lado, seja nesta ou em outra encarnação sentirão a vibração de paz que você emana, emanou ou está emanando. Nada é desperdiçado. Alguém, em algum ponto do universo, pode estar sendo iluminado pelo ponto de luz que você acendeu.

Você é alguém especial e amado por Deus. Sorria para a vida para ela sorrir para você. Como bem disse o apóstolo Paulo, sem amor nada seríamos!






A GRANDE INCOERÊNCIA




Quando o Mestre veio ao mundo, deixou-nos a mensagem e o exemplo de paz, amor e trabalho.

E os homens... passando ao largo, guerrearam, semearam a discórdia e a incompreensão.

Ao invés do amor, fizeram uso do ódio, acumulando rancores, semeando a desordem mental, o desequilíbrio.

Ao invés do trabalho que reergue, edifica e constrói, fizeram os irmãos de escravos ou se fizeram escravos do prazer e da luxúria.


E as bestas foram soltas; as feras atacaram os desprevenidos e os pseudopreocupados. O circo pegou fogo.

Os atropelos continuaram e estamos no mesmo barco.

Barco de náufragos, onde poucos sobrevivem ou sobreviverão.

E a mensagem transmitida há dois mil anos serviu para poucos.

Poucos a assimilaram, poucos a compreenderam e poucos a executaram.


O Senhor chegou e encontrou os servos despreparados...

E dois mil anos se passaram...
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Acervo Espiritual do CEFAK, em 20/06/1980

A Doutrina Espírita é Cristã?




Sim.


Cristãs são todas as religiões embasadas nos ensinamentos morais de Jesus Cristo: amor, caridade, paz, perdão. O aspecto religioso do Espiritismo fica claro em O Evangelho Segundo o Espiritismo, mas também em O Céu e o Inferno, que trata das penas futuras, do bem e do mal, e em O Livro dos Espíritos, especialmente na parte da Lei de Adoração.

Da mesma forma que o Cristo disse: "Eu não vim destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento", o Espiritismo diz igualmente: "Eu não vim destruir a lei cristã, mas cumpri-la". Ele (Espiritismo) não ensina nada de contrário ao que o Cristo ensinou, mas desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que não foi dito senão de forma alegórica; (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 1, item 7, Editora IDE)

Jesus é para o homem o modelo da perfeição moral que a Humanidade pode pretender sobre a Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão da sua lei, porque ele estava animado de espírito divino e foi o ser mais puro que apareceu sobre a Terra. (O Livro dos Espíritos, Questão 625, Nota, Editora IDE)

Publicado no Seara Espírita, ano III, nº 33, agosto 2001.
A Salvação Segundo o Espiritismo
Todos queremos ser salvos. Mas será que paramos para pensar: ser salvos do que, ou de quem? Alguns querem ser salvos deste mundo, achando que a vida é um castigo. Outros querem ser salvos do "demônio" ou do "inferno", como se houvesse, na perfeita Justiça Divina, espaço para seres ou lugares voltados exclusiva e eternamente para castigo, para o mal ou para malfeitores.

A máxima "fora da caridade não há salvação" assenta um princípio universal e abre a todos os filhos de Deus o acesso à felicidade, elucidando a abordagem que Jesus faz da importância da caridade como condição absoluta de felicidade futura (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XV). O dogma "fora da igreja não há salvação" é exclusivista, absolutista e não condiz com a bondade do Pai. "Fora da verdade..." é equivalente ao "fora da igreja...", pois nenhuma seita, filosofia ou religião possui o privilégio de conter a verdade absoluta. A caridade (benevolência com todos, indulgência com as imperfeições alheias e perdão das ofensas (O Livro dos Espíritos, questão 886) está ao alcance de todos: do ignorante ao sábio, do miserável ao rico, independente de qualquer crença particular.

Jesus é um salvador no sentido de que ele veio mostrar e exemplificar o amor, caminho que devemos seguir para a conquista da paz e da felicidade. Essa conquista é resultado de nossas obras: quanto mais orgulhosos e egoístas, mais longe estaremos da meta; quanto mais benevolentes e caridosos, mais nos aproximaremos do Mestre. Se ser seguidor de Jesus fosse o único caminho para a salvação, o que seria dos bilhões de seres que habitam e habitaram o Oriente, onde o Cristianismo é apenas pequena fração religiosa?

Quando raciocinamos profundamente, vemos que uma pequena existência é pouco para aprendermos e vivenciarmos tudo o que necessitamos. As vidas sucessivas(reencarnações) conduzem à lógica de que em cada etapa, em cada encarnação, evolui-se, gradativamente, até atingir a perfeição relativa. Assim, salvação é sinônimo de evolução: o espírito só evolui à medida que aprende a amar ao próximo, minorando suas dores e praticando a caridade. A salvação segundo o Espiritismo é a salvação de nós mesmos, de nossas imperfeições morais. É a superação dos vícios e defeitos, substituído-os por virtudes e qualidades. Cada passo dado nesse sentido aproxima-nos mais de Deus e nos faz ficar mais próximos da felicidade. A “conquista do céu” é a consciência reta e o bem agir.

Se fizermos assim, independente da religião que professamos ou até se não a tivermos, estaremos seguindo a trilha demonstrada pelo Cristo há mais de dois mil anos.
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Luis Roberto Scholl
Publicado no Seara Espírita, ano VI, nº 61, dezembro 2003

MORAL ESPÍRITA





EXIGE A MORAL ESPÍRITA UMA CONDUTA ESPONTÂNEA




Há uma tendência bastante forte, no meio espírita, para um tipo de moral religiosa que se caracteriza pelo artificialismo. Compreende-se que grande número de pessoas, em consequência das heranças do passado e dos exemplos de presente, não consigam adotar outra forma de conduta. Mas não é justo que os espíritas mais esclarecidos, de mente suficientemente aberta para as novas perspectivas que a doutrina abre sobre o mundo, continuem a formalizar-se na vida social.


O Espiritismo, ensina Kardec: "é uma questão de fundo e não de forma".




De nada vale o exagero nas boas maneiras, a voz macia e os extremos de pureza formal, — não comer carne, não fumar, não tomar bebidas alcoólicas, não freqüentar festas mundanas, não contar nem ouvir anedotas picantes, — se o coração não estiver limpo. A pureza que o Espiritismo nos ensina é interior. Deve, por isso mesmo, reger a nossa conduta, em vez de esperarmos que uma conduta artificial nos purifique.


Quando o Espiritismo ensina que os formalismos do culto exterior são inúteis, ensina também que toda exterioridade sem raízes no coração é igualmente inútil. E é o mesmo que Jesus ensinava, ao repelir os formalismos da hiprocrisia farisaica. Veja-se o caso do ascetismo, da fuga ao mundo, às responsabilidades. pesadas da vida em sociedade, que o Espiritismo condena como produto do egoísmo. Se a encarnação é a nossa possibilidade de relações com pessoas e meios sociais, a que estamos ligados em virtude do passado, é claro que devemos aproveitar essa oportunidade e não inutilizá-la. Estamos, agora, no lugar certo, como diz uma recente mensagem mediúnica, e seria prejudicial fugirmos a ele.


O espírita não tem motivo algum para retornar às práticas da moral farisaica. A doutrina lhe ensina a espontaneidade, a naturalidade, e a correção dos seus erros e dos seus defeitos na própria relação com os semelhantes. É na vida de relação que podemos evoluir. Querer forçar a evolução com abstenções e atitudes falsas, seria iludir-nos a nós mesmos e também aos outros, o que é ainda mais grave. Ninguém vira santo por meio de fórmulas. Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, como Jesus ensinou, mas o que sai da boca. Nossa conduta deve refletir o que somos, e por isso devemos cuidar muito mais do nosso coração do que das nossas aparências.
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O HOMEM NOVO

J.HERCULANO PIRES

Que sublime Doutrina é o Espiritismo




Mas, também, quão poucos a sabem.
Ser Espírita não é somente dizê-lo, para que acreditem: é necessário praticar os ensinamentos do Cristo, sem deles discrepar uma linha.
Ser Espírita é ser caridoso, humilde, paciente e resignado; é despojar-se de todos os defeitos que possam prejudicar o seu adiantamento moral.
O que proceder por esta forma será Espírita ou Cristão, o que vem a ser a mesma coisa, e merecerá grandes Graças do Altíssimo, nosso Pai Celestial.
Sedes Espíritas, meus filhos, na verdadeira acepção da palavra, que muito e muito alcançareis.
Deixai de lado tudo que se afaste dos ensinos da Doutrina firmada na Moral dos Evangelhos, tudo que possa a vir prejudicar vosso progresso Espiritual.
Esforçai-vos e vencereis!

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Matheus Stella
Bartholomeu dos MartyresEscrito

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Divulgação pelos atos










O verbo flamívomo e arrebatador entretecerá considerações incomparáveis a respeito do Bem; no entanto, será o exemplo silencioso de renúncia e de dedicação que cimentará o trabalho de edificação enobrecedora.


Páginas brilhantes serão escritas a respeito da excelência do Evangelho; todavia, a conduta equilibrada do indivíduo demonstrá-la-á com segurança, abrindo espaço para a fraternidade e o amor.


Conceituações claras, carregadas de lógica e de bom senso, serão apresentadas às assembléias atentas; entretanto, o comportamento do expositor representará o peso mais importante para selar a legitimidade dos enunciados.


Debates vigorosos conseguirão demonstrar a pujança da palavra de Jesus e a racionalidade de Allan Kardec; mas, a ação da caridade, e somente ela, confirmará o seu elevado conteúdo.


Todos os textos elaborados com inteligência sobre o Espiritismo conseguem despertar o interesse dos neófitos; porém, será sempre a lição viva de gentileza e paciência que lhe demonstrará a irrestrita confiança em Deus, que todos devem manter.


Os cursos de esclarecimento e as técnicas de ensino aplicados à divulgação do pensamento espírita têm o poder de orientar e despertar consciências; todavia, a vivência desses postulados pelos que os enunciam, demonstrará que são portadores de força moral transformadora.


A humanidade tem conhecido admiráveis oradores e hábeis, quão cultos escritores, sofistas e silogistas bem equipados mentalmente, pensadores eméritos, que vêm apresentando teses revolucionárias e propostas salvacionistas, roteiros de libertação e fórmulas de engrandecimento moral; no entanto, o tempo os tem esboroado, porque os seus autores apenas ensinaram, instruíram, propuseram, mas não se impregnaram deles, a que tanto se referiam, sucumbindo no desespero...


É lamentável que muitos homens e mulheres, aparentemente convencidos da imortalidade do Espírito e da vida futura, ajam e comportem-se de maneira totalmente contrária...


Agridem-se, espezinham-se e aos demais, censurando, amaldiçoando, hostilizando-se reciprocamente em atitudes infelizes que desmentem as palavras que direcionam aos outros em nome da Doutrina que dizem esposar.


São ainda características da natureza humana a dubiedade, como também a dicotomia entre a palavra e a ação, o ensinamento e a conduta, o que vem dificultando o progresso de cada qual e da humanidade em geral.


Quem encontra o Mestre e reflexiona nos Seus ensinos, não mais age como antes.


Jesus é um divisor de águas e de condutas.


Ninguém pode permanecer indiferente ao Seu mimetismo, à Sua penetração emocional.


O Espiritismo, restaurando-Lhe o pensamento e atualizando-o, é poderoso agente transformador, que modifica o ser em profundidade.


Vivê-lo sem retoques, trabalhando-se sem cessar, constituem o desafio do momento para todo aquele que travou contato com a sua lição libertadora.


Enquanto permaneça a diferença no nível científico-tecnológico com o moral, o adepto do Espiritismo se tornará o exemplo que define a eloquência da sua convicção, face aos postulados abraçados.


Divulgação pelos atos é a palavra de ordem no báratro dos conceitos estúrdios e das doutrinas confusas que pretendem retratar Jesus e solucionar os problemas humanos, desequipados da lógica e da razão, incapazes de enfrentar o bom senso e a experimentação científica.


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Espírito Joanna de Ângelis


Divaldo Pereira Franco




Entenda o que é Espiritismo

Nunca li nada tão claro à respeito do Espiritismo


Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalística ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando-se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens.

Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do "achismo" e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa.

Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta.

Vamos aos assuntos:

Espiritismo não é igreja


Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto.


Não existe "Kardecismo", existe "Espiritismo"


O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão "kardecismo" , para identificar algo que ele imagina ser uma "ramificação" do Espiritismo, achando que Espiritismo é um "montão de coisas" que existe por aí, quando na realidade não é.
A palavra "Espiritismo" foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios.
Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação "Espiritismo", fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de "kardecismo", verdadeiramente é "Espiritismo".

Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável.

Veja quem adota e quem não adota o que

Procedimento, prática ou ritual




Umbanda
Catolicismo
Espiritismo

1

Uso de altares
Sim
Sim
Não

2

Uso de imagens
Sim
Sim
Não

3

Uso de velas
Sim
Sim
Não

4

Uso de incensos e defumações
Sim
Sim
Não

5

Vestimentas e paramentos especiais
Sim
Sim
Não

6

Obrigações aos seus praticantes
Sim
Sim
Não

7

Proibições aos seus praticantes
Sim
Sim
Não

8

Ajoelhar-se, sentar-se e levantar-se em seus cultos
Sim
Sim
Não

9

Bebidas alcoólicas em seus cultos
Sim
Sim
Não

10

Sacerdócio organizado
Sim
Sim
Não

11

Sacramentos
Sim
Sim
Não

12

Casamentos religioso e batizados
Sim
Sim
Não

13

Amuletos, patuás, escapulários e penduricalhos
Sim
Sim
Não

14

Hinos e cantarolas nos cultos
Sim
Sim
Não

15

Crença na existência de satanás
Sim
Sim
Não


Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar bem informado, poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa? Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não seja também a mesma coisa?

O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro que Espiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo.

A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal "Kardecismo" se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e de todas as etnias.

Allan Kardec não inventou o Espiritismo

Allan Kardec não inventou, ou criou, Espiritismo nenhum. A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso, a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade.

Ele foi tão honesto e consciente de que a obra não era de sua autoria, que evitou colocar o seu nome famoso na Europa antiga (Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se de um pseudônimo. É bom que se saiba que o tal professor Rivail era autor famoso de livros didáticos e que tudo o que aparecia com seu nome vendia muito, não apenas na França como em toda a Europa..
Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo, um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida a entender que o Espiritismo é escola e não igreja..

Sobre a reencarnação

Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada pelo Espiritismo, posto que é algo conhecido pela maior parte da humanidade, por milênios, muito antes do Espiritismo, que tem apenas 151 anos de idade.

O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação, ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente. Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe? Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente? É isto aí.

Portanto a afirmativa de que os espíritas creem na reencarnação é infantil e sem sentido.

Sobre a mediunidade

Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a possuem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas e aos outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, e deve ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita.
Qualquer afirmativa do tipo que "alguém tem mediunidade e precisa desenvolver" é vinda de pessoas inconsequentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada e não desenvolvida.

Sobre o caráter do centro espírita

É um local que deve atuar como escola e não como igreja . A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral.
Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si e não esse entendimento estreito de que Caridade se resume apenas a dar prato de sopa ou roupas usadas para pobres, para qualificar o doador como bonzinho.
Adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos para seguir, concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a nos conduzir, e não como sendo ele o próprio Deus.
Enfim. O centro espírita é um local de estudo e não de rezação.

Sobre quem é reencarnação de quem

Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA, que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Ciclano, o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não adota jura nenhuma. Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante, não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas, apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se ocuparem com esse tipo de discussão.
Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem, é conversa amena de momentos de descontração de espíritas, apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo sério da casa espírita.
Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação, os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa.
Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de personagens poderosas do passado não são os espíritas , são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência do seu papel..

Apologia ao sofrimento

Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos, chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o sofrimento é bom.
Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo. Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do masoquismo e, provavelmente, deve praticar um ritual em sua casa, quando, talvez uma vez por semana, colocar a mão sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo.
Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém, embora entendemos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam acordando para a realidade da vida e mudando de conduta, sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção.

Mesa branca

Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo, baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só. O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo. Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas (por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores, posto que tecidos em cor branca tem maior facilidade de sujar.
Portanto a citação de "espiritismo mesa branca" é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas.

Terapia de vidas passadas

Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita.
Cromoterapia, piramidologia etc...
Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.

Sucessor de Chico Xavier

Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier "morreu", e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que vêem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita.
Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

A sua relação com a Ciência

Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação: "Se algum dia a Ciência comprovar que o Espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da Ciência" .

Mas isto não quer dizer que o que afirma determinadas criaturas, como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como cientista, deva ser entendido como Ciência, já que ele não é unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas coisa nenhuma. Ele é padre, nada mais do que padre, com um tipo de postura que não aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico.

Não é à pseudo-ciência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento, que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete, com esta recomendação, é a Ciência, como um todo, em descobertas inquestionáveis.
Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar erro em um ensinamento espírita, sequer.

Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que afirmam que existe vida fora da Terra, por questão de bom senso deve ter também provas de que não existe. Será que tem?

Medicina e Espiritualidade

Alguns médicos, tradicionalmente, sempre afirmaram que os problemas de saúde das pessoas nada tem a ver com problemas espirituais, porque estes se resumem a crendices. Hoje existe um curso de "Medicina e Espiritualidade" , oficial, dentro da USP (Universidade de São Paulo), a maior Universidade do País, onde são estudados estes questionamentos que alguns continuam a dizer que são crendices. Em nível de informação, sugerimos que os jornalistas se interessem em reportar sobre este assunto, sem que vá aqui a menor intenção de querer converter ninguém. Não se trata de questão religiosa, trata-se de questão científica. Para melhor informação, as aulas deste curso podem ser vistas no site: www.redevisao.net .

O telefone da Pineal Mind, onde são ministradas as aulas, é (11) 3209-5531 e o e-mail é faleconosco@uniespirito..com.br onde poderão ser obtidas maiores informações sobre o curso. Toda sexta-feira, às 19 horas, tem aula ao vivo, pelo site, numa webtv.
Diante de todo o exposto sugerimos que os grandes veículos de comunicação de massa, obviamente comprometidos com a credibilidade dos seus nomes, repassem estes esclarecimentos aos seus profissionais de jornalismo, não necessariamente para que eles sejam simpáticos à ideia espírita, já que ninguém é obrigado a aceitar coisa nenhuma, mas para, pelo menos, não comprometerem as suas honorabilidades dizendo mentiras, leviandades e até se expondo ao ridículo reportando sobre um assunto que não entendem.

"Quando não puder mais acreditar nos seus sonhos, acredite no seu coração.