TESTEMUNHAS DO ALÉM

Blog Espírita

domingo, 22 de julho de 2012

A PRESENÇA DA NUVEM


  
Causa estranheza àqueles que não estão familiarizados com a Doutrina Espírita a questão 2 459 de "O Livro dos Espíritos":

"Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?"

Resposta: "Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que de ordinário são eles que vos dirigem."

Viveremos rodeados de tantos Espíritos, dotados de poderes que os habilitam a condicionar nosso comportamento?

Pois é exatamente o que ocorre.
Não se trata de mera especulação.
Muito menos de invencionice.
Sobretudo, não é novidade.
Desde as culturas mais remotas vemos gente às voltas com influências espirituais. Disso nos dá conta o folclore de todas as culturas.
A riquíssima mitologia grega, povoada de deuses passionais que convivem com os homens, interferindo frequentemente nos destinos humanos, é exemplo típico.

Os textos evangélicos revelam que Jesus conversava frequentemente com os Espíritos, afastando os chamados impuros de suas vítimas.

- Que temos nós contigo, Jesus Nazareno?
Vieste para perder-nos? - esta a reclamação de um perseguidor espiritual antes de ser afastado de sua vítima, conforme relata Lucas (4;31 a 37).

E comenta o evangelista:

"Todos ficaram grandemente admirados e comentavam entre si, dizendo:
"Que palavra é esta, pois com autoridade e poder ordena aos Espíritos imundos e eles saem?"

Na primitiva comunidade cristã os discípulos de Jesus realizavam idêntico trabalho, de que nos dá conta o capítulo 5a, versículo 16, do livro "Atos dos Apóstolos":

"Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de Espíritos imundos, os quais eram todos curados."


 
A dúvida quanto a essa influência nasce da errônea concepção de que o mundo espiritual, a morada dos Espíritos, está situado em região distante da Terra e inacessível às cogitações humanas, quando ele é tão somente uma projeção do plano físico. Começa exatamente onde estamos.
Assim, permanecem junto de nós aqueles que, libertando-se da carne pelo fenômeno da morte, permanecem presos aos interesses do imediatismo terrestre.
E gravitam em torno dos homens, obedecendo às mais variadas motivações:
Viciados procuram satisfazer o vício.
Vítimas intentam vingar-se de seus algozes.
Usurários defendem o ouro amoedado.
Ambiciosos pretendem sustentar dominação.
Fugitivos da luz trabalham em favor das sombras.
Famintos do sexo vampirizam sexólatras.
Gênios da maldade semeiam confusão.
Alienados da realidade espiritual perturbam familiares.
É toda uma imensa população invisível que nos acompanha e influencia, lembrando a observação do apóstolo Paulo, na Epístola aos Hebreus (12, 1), segundo a qual somos rodeados por uma “Nuvem de Testemunhas".

Richard Simonetti

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