TESTEMUNHAS DO ALÉM

Blog Espírita

domingo, 13 de maio de 2012

A Mediunidade e seu Desenvolvimento




A mediunidade é uma faculdade da espécie humana que permite o intercâmbio entre encarnados e desencarnados. Graças a ela, temos a comprovação da imortalidade, algum conhecimento da situação da vida no Além, constatação da reencarnação e do progresso incessante, sempre sob o império da justa e misericordiosa lei de ação e reação.

Sua presença na Terra, tão antiga quanto a do ser humano, passa pelos primeiros grupos cristãos, sofre grande proibição na Idade Média, ressurge impetuosa na Idade Contemporânea. Kardec a empregou como o meio próprio, específico, para o exame experimental do Espírito (sua natureza, origem, destinação e relação com o mundo corporal). A partir dela, coletou e ordenou as informações prestadas pelos bons Espíritos, oferecendo ao mundo a Doutrina Espírita, revelação das leis que regem os mundos e os seres.

Espiritismo sem Mediunidade?
Ultimamente há quem preconize que o Espiritismo pode deixar de lado a mediunidade, pois ela já nos teria dado todo o conhecimento que nos poderia proporcionar.

Talvez isso seja verdade para alguns, pessoal e particularmente. Não o é, porém, para a Casa Espírita, em cujas portas, todos os dias, muitas pessoas vêm bater, buscando, principalmente: a consolação ante a partida de entes queridos; a libertação do assédio de Espíritos perturbadores, o esclarecimento dos fenômenos espirituais em que se sentem envolvidos.

Como atendê-los e ajudá-los sem recorrer ao intercâmbio mediúnico?Sem realizar as reuniões de desobsessão, de desenvolvimento mediúnico?Sem lhes oferecer não apenas a teoria mas a oportunidade da experiência, da observação, para formarem sua convicção e se tornarem aptos a também trabalharem com a mediunidade, se assim ó desejarem?

A mediunidade faz parte da natureza humana e tem, certamente, finalidade útil e providencial. Querer ignorá-la, desprezar sua utilização é privar-se, pessoal e coletivamente, de um campo rico de sensibilidade, conhecimentos e realizações.

A Casa Espírita não se deve alhear da tarefa de intercâmbio nem a deixar distanciada inteiramente do público assistido ou dos que queiram conhecera mediunidade e, talvez, se habilitarem ao seu exercício.

Orientação espírita para a prática mediúnica



Para que o emprego da mediunidade na Casa Espírita se faça eficiente, seguro e proveitoso, como preconiza e orienta a Doutrina Espírita, torna-se indispensável o preparo prévio doutrinário, técnico e moral tanto do médium como de quem vai dirigi-lo ou assessorá-lo no exercício da sua faculdade.

A literatura espírita oferece para os interessados a teoria doutrinária e a orientação prática de que vai necessitar.Nas Obras Básicas e naquelas que lhes são subsidiárias, destaquemos: O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec; No Invisível, de Léon Denis; O Fenômeno Espírita, de Gabriel Delanne.

No movimento espírita brasileiro não há como esquecer as obras mediúnicas psicografadas por Francisco C. Xavier, Yvonne A. Pereira e Divaldo P. Franco. Necessário também mencionar os livros de autores encarnados que procuram resumir didaticamente a parte teórica necessária ao desenvolvimento mediúnico e fornecem algumas informações sobre a chamada "parte prática" do Espiritismo, tais como J. Herculano Pires , Suely Caldas Schubert, Hermínio C. Miranda, Celso Martins, Torres C. Pastorino e os Cursos Educação Mediúnica (FEESP), Orientação e Educação Mediúnica, do C. E. Luz Eterna, de Curitiba, PR.
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Therezinha Oliveira

Trabalho apresentado no 11° Congresso Estadual de Espiritismo, em Bauru, abril/2000
Alavanca – Junho de 2000

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